A Chapecoense está prestes a enfrentar o Atlético Nacional, em duelo recheado de homenagens e emoções. A partida será o primeiro encontro das duas equipes após o desastre aéreo que deixou 71 vítimas, em novembro de 2016, às vésperas da primeira partida final da Copa Sul-Americana, na Colômbia. O duelo entre os irmãos unidos pela tragédia acontece nesta terça-feira (4), no jogo de ida da Recopa Sul-Americana. A volta é no dia 10, em Medellín (COL).
O técnico Vagner Mancini, que substituiu no comando da Chape Caio Junior, que foi uma das vítimas fatais do acidente, pediu que os jogadores da equipe catarinense transformem a ansiedade para a final em “energia positiva”. “Quando o jogo gera ansiedade, tem que transformar em energia positiva para os atletas. Temos que valorizar, porque são poucas equipes que tem possibilidade de jogar essa competição” afirmou Mancini.
Apesar da solidariedade e da proximidade dos dois clubes, o técnico acredita que a partida não terá o caráter festivo dentro de campo. O duelo é o primeiro da final da Recopa Sul-Americana. “Saber diferenciar o que é festa, solidariedade, mas é um jogo de futebol, o desejo de vencer a partida. Espero que apesar de toda a festa os atletas entrem cientes do que precisam fazer”, acrescentou.
A Chape se reestruturou no início do ano e, com um elenco praticamente composto apenas por atletas recém-contratados, assumiu a liderança do Campeonato Catarinense, com um ponto a mais que o Joinville, vice-líder.
O técnico Mancini comandou o último treino antes da partida contra o Atlético Nacional na noite desta segunda-feira. O comandante afirmou que deverá realizar algumas mudanças pontuais na equipe, por conta da força do Atlético, atual campeão da Libertadores, mas deve manter boa parte do time que vem sendo titular no Campeonato Catarinense.
