Brasileiro

Estagnação do Santa Cruz e reação do Náutico na Série B

Roberto Fernandes tem um melhor aproveitamento do Náutico em relação a Marcelo Martelotte no Santa Cruz

Davi Saboya
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Davi Saboya
Publicado em 16/10/2017 às 7:08
Fotos: Guga Matos e Diego Nigro/JC Imagem
Roberto Fernandes tem um melhor aproveitamento do Náutico em relação a Marcelo Martelotte no Santa Cruz - FOTO: Fotos: Guga Matos e Diego Nigro/JC Imagem
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A conclusão da 29ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro deixou Santa Cruz e Náutico em situações parecidas na classificação, ambos estão no Z-4, mas em momentos distintos na competição. A diferença entre os pernambucanos, que já foi enorme, agora é de apenas três pontos - o tricolor tem 29 pontos, contra 26 dos alvirrubros. O primeiro fora da zona de rebaixamento é o Guarani, com 34 pontos.

A distância entre corais e timbus já foi de 15 pontos, situação consolidada após a 15ª rodada, quando Santa e Náutico ainda tinham nos respectivos comandos Givanildo Oliveira e Beto Campos. Tentando uma injeção de ânimo para o segundo turno, o alvirrubro trouxe o técnico Roberto Fernandes no último jogo do primeiro turno. O tricolor usou da mesma tática, com Marcelo Martelotte chegando quatro rodadas depois. A troca tem trazido mais resultado para o Timbu, o que permitiu a aproximação dos rivais.

Roberto conquistou 15 pontos de 33 disputados (45%). Já Martelotte somou seis de 21 jogados - o que equivale a 28%.
Quando Marcelo Martelotte desembarcou no Arruda para a sua terceira passagem como treinador do Santa, na 23ª rodada, a Cobra Coral estava em 18º lugar, com 23 pontos, a dois do primeiro fora do Z-4. Agora, a distância é de cinco pontos para o Guarani, 16º colocado. A estagnação do Santa Cruz, que tinha começado com Givanildo Oliveira, segue com Martelotte, que conquistou uma vitória, três empates e três derrotas.

Já Roberto Fernandes assumiu o Náutico em uma missão “quase impossível”. O Timbu estava a dez pontos do primeiro time fora do Z-4, na lanterna, e sem nenhuma perspectiva de evolução dentro das quatro linhas. A primeira mudança do técnico foi a imposição do alvirrubro como mandante. Logo na estreia dele, na 19ª rodada, o Náutico ganhou a primeira em casa, 1x0 no Luverdense (antes havia vencido apenas ABC e Vila Nova-GO fora) e dos cincos jogos seguintes em casa, ganhou quatro e perdeu para o Internacional.

PRÓXIMOS JOGOS

Mas o calo do Timbu segue sendo as atuações longe de Pernambuco. Cinco, das seis derrotas do Náutico com Roberto Fernandes, foram fora de casa. Após o triunfo por 2x0 sobre o Guarani, sábado, o Náutico vai para mais um confronto direto, desta vez contra o CRB, amanhã, no Rei Pelé, em Maceió-AL. Mesmo o adversário estando com dez pontos a mais que o Timbu, a partida tem caráter decisivo, pois o alvirrubro precisa de uma sequência de vitórias para manter vivo o sonho da permanência e segurar a equipe alagoana, que tem só dois pontos a mais do que o Luverdense, que abre o Z-4.

“Essa vitória fora é fundamental para que possamos voltar aqui (no Lacerdão) e buscar novamente os três pontos contra o ABC (na sexta). Essa sequência pode nos dar uma esperança de ficar na Série B. Mas, pra isso, temos de vencer o CRB. Uma hora vamos conseguir essa vitória fora de casa que vai nos colocar na briga para sair da zona do rebaixamento”, afirmou Roberto Fernandes.

Precisando quebrar a sequência de três derrotas seguidas - no último sábado, perdeu por 2x1 para o Figueirense -, o Santa Cruz enfrenta o Oeste, que briga pelo acesso, amanhã no Arruda. Marcelo Martelotte ressaltou a série de jogos decisivos da Cobra Coral.

“Cheguei aqui o time era o 18º colocado, não tinha condição de abrir mão de nenhum jogo para jogar mais tranquilo. Sempre com decisão. Por estar nesta situação, os jogos sempre tiveram caráter de alta responsabilidade. É importante ter essa consciência e que se assuma essa consequência. Na próxima rodada será mais um confronto decisivo assim como todos os outros até o fim do campeonato”, disse o treinador.

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