Talentosos e provocadores

Náutico e Sport apostam em jovens talentos

Erick, do Timbu, e Ewerton Felipe, do Leão, são talentosos e provocadores

Filipe Farias e Felipe Holanda
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Filipe Farias e Felipe Holanda
Publicado em 05/03/2017 às 9:12
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Erick, do Timbu, e Ewerton Felipe, do Leão, são talentosos e provocadores - FOTO: Foto: JC Imagem
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O segundo Clássico dos Clássicos de 2017 vai colocar frente a frente as duas principais promessas do futebol pernambucano na atualidade. Pelo lado do Náutico, o garoto Erick. Defendendo o Sport, Everton Felipe. Os dois garotos, de apenas 19 anos, já deram provas suficientes dentro de campo que têm um futuro promissor pela frente, mas se engana quem pensa que as similaridades entre eles param por aí.

Além da pouca idade, ambos atuam como meia-atacantes posicionados no lado direito do campo. Porém, na hora de atacar, um detalhe os diferencia. Como o atleta rubro-negro é destro, suas jogadas são mais de profundidade, buscando a progressão por fora para tentar o chute em diagonal ou o cruzamento. Já o alvirrubro, por ser canhoto, utiliza a sua velocidade para fazer o facão (cortar por dentro em diagonal) de olho do arremate colocado do lado oposto do goleiro ou um companheiro melhor colocado na área.

Antes de subirem para o elenco profissional de Sport e Náutico, as duas promessas passaram pela base de outros clubes para ganhar experiência. Mais uma coincidência entre eles. Enquanto Everton foi para o Internacional, o camisa 33 alvirrubro passou um período no Cruzeiro.

Outra semelhança entre os dois é o lado provocativo. Apesar de jovens, eles já aprenderam desde cedo a mexer com os rivais. Quando o Sport enfrentou o Santa Cruz, Everton Felipe cutucou bastante os tricolores nas coletivas e acabou sendo caçado em campo. Já no primeiro clássico contra o Leão, o atacante Erick, ao fazer o gol de pênalti, mandou a torcida rubro-negra ficar quieta na arquibancada.

CONSELHOS

Quando a chance de integrar o grupo principal surgiu, prontamente eles foram “apadrinhados” por dois veteranos. No Leão, coube a Diego Souza abraçar o camisa 97 rubro-negro. No Timbu, esse papel é desempenhado por Marco Antônio.

“Conversei com ele (Erick) e falei que futebol não se joga só. Sabemos dessa vontade que ele tem de fazer um jogo individual, mas ele precisa jogar coletivamente e saber que no profissional o jogo é diferente da base. Ele tem de entender que vestimos a mesma camisa. Por isso estamos dando esse puxão de orelha”, contou Marco.

Já o experiente Diego Souza - convocado para a seleção brasileira - vem orientando bastante o seu discípulo a controlar mais as palavras antes de jogos importantes. “Falei com Everton Felipe para que ele tivesse um pouco mais de cuidado naquilo que fala. No clássico com o Santa Cruz, ele foi bastante perseguido em campo. Mas clássico é assim. Todo mundo quer ser mais homem que o outro e sair com o resultado positivo”, falou o camisa 87.

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