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Base, lista de reforços e qualidade: Náutico detalha 'missão Paraguai'

Gerente de futebol do Timbu falou sobre os 11 dias em solo paraguaio

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 09/10/2018 às 7:16
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Gerente de futebol do Timbu falou sobre os 11 dias em solo paraguaio - FOTO: Diego Nigro/JC Imagem
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Com lições do Paraguai, o gerente de futebol Ítalo Rodrigues e o técnico Márcio Goiano voltaram ao Recife na última semana. Mais do que só buscar reforços, a comitiva do Náutico buscou entender o futebol paraguaio, da base ao profissional. Após 11 dias, Ítalo falou sobre as ensinamentos alvirrubros no país sul-americano, exaltou a base do Paraguai e revelou que a diretoria recebeu lista de jogadores que chamaram a atenção na viagem.

"A missão foi muito bem cumprida. É a primeira vez que o clube toma a frente disso. Foi muito valioso. Conseguimos ter uma visão de como funciona o futebol no Paraguai. Foram 11 dias lá e vimos pelo menos 22 jogos. Tinha dia que a gente assistia a quatro partidas. No panorama geral, dois aspectos: vivenciar uma realidade diferente e prospectar atletas novos, que venham para o Náutico para dar lucro e retorno financeiro”, afirmou o gerente alvirrubro.

Sobre reforços para a temporada 2019, Ítalo falou dos nomes observados pela comitiva alvirrubra no Paraguai. “Trouxemos mais de 20 nomes. Mas tem atleta na lista que tem 14 anos ou que recebe 50 mil dólares. Foi um trabalho pro futuro do clube como um todo, não apenas para o ano que vem. Neste aspecto, para contratar para amanhã, resumiríamos em três ou quatro opções. Optamos por deixar uma base de 2018 e tentamos achar atletas pontuais, com um nível de competitividade bom e que encaixem no elenco para serem utilizados, não para compor. Fomos muito críticos. Como o nível do campeonato não é o ideal, às vezes o jogador se destaca, mas não chegaria para ser titular aqui. Passamos os nomes para o centro de inteligência, que dá o parecer e passará para a diretoria. Só aí podemos pensar em contratações”, explicou.

O gerente, porém, não gostou do nível do futebol paraguaio. “Para mim ficou claro que, quando os paraguaios chegam longe nas competições sul-americanas, é muito mais pela entrega ou vontade do que propriamente pela qualidade. A Série A lá é bem abaixo, com três ou quatro bons times. No resto, não dá pra ver realmente muita coisa. Claro que, individualmente, tem jogador de qualidade, mesmo o coletivo não sendo tão bom. Mas organização e estrutura tinham que ser um pouco maiores”, analisou o gerente.

BASE E RESERVAS

Por fim, dois detalhes também chamaram a atenção: as categorias de base e o campeonato de reservas. “A base de lá é bem trabalhada. Os atletas seguem, do sub-15 ao time principal, o mesmo calendário. E tem campo lá que é melhor até do que alguns do profissional daqui. Se o time de cima joga hoje, no dia seguinte ou anterior jogam os reservas. É muito legal esse formato porque você fomenta os mais novos ou os que não tem espaço para estarem sempre atuando”, disse.

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