Náutico

Aflitos e suas histórias: local de jogos memoráveis

Além do hexa, estádio de Rosa e Silva também foi palco de grandes partidas

Karoline Albuquerque
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Karoline Albuquerque
Publicado em 15/12/2018 às 8:02
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Além do hexa, estádio de Rosa e Silva também foi palco de grandes partidas - FOTO: JC Imagem
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O tempo passou dentro e fora do estádio dos Aflitos. O Náutico já não era o mesmo dos anos 60, apesar de hexa resistir como artigo de luxo. Ainda assim, guardou para sua casa jogos emblemáticos para presentear o torcedor que fez daquelas arquibancadas seu segundo lar. Entre eles, um recorde que resiste há quase 30 anos: o gol mais rápido da história do Campeonato Brasileiro da Série A.

No dia 18 de outubro de 1989, o atacante Nivaldo escreveu seu nome no futebol nacional. Ao receber o Atlético-MG, o Timbu talvez não imaginasse que abrir o placar aos oito segundos de jogo renderia tão longeva marca. O Náutico deu a saída com Bizu, que tocou para Augusto. Este lançou Nivaldo. O atacante recebeu na intermediária, avançou até perto da linha de grande área e mandou para a rede. Terminou com uma vitória por 3x2.

Mas, já se passaram quase três décadas. É preciso contemplar os mais jovens com outros jogos memoráveis. Avançando 25 anos, até outubro de 2004, pela Série B, o estádio foi palco da goleada por 4x1 sobre o Bahia. Recordável não pelo placar, mas pelos três gols de um dos maiores ídolos da história alvirrubra: Kuki. O atacante marcou aos 34 minutos do primeiro tempo, empatando o jogo. A virada aconteceu com Marco Antônio. Kuki voltou a anotar no segundo tempo, duas vezes.

Infelizmente, para o torcedor, nem toda a história dentro dos Aflitos foi de alegrias. Mas, como se trata de uma semana comemorativa, nada de lamuriar águas passadas. Que se pule, então, o ano de 2005 e siga para a redenção na temporada seguinte.

Era uma tarde de sábado, 18 de novembro, o Ituano como adversário na penúltima rodada e uma chuva fina caiu durante o primeiro tempo, que acabou em 0x0. “Difícil descrever o que foi os Aflitos naquela tarde. Um ano depois, o estádio estava novamente lotado para assistir a mais uma nova tentativa de acesso”, lembra Lucídio José de Oliveira, no livro O Náutico - a bola e as lembranças.

O Timbu lutava para não se frustrar mais uma vez. Então, a plena felicidade. O acesso à Série A chegou nos 45 minutos finais, com os dois gols do time marcados por Luiz Carlos Capixaba e Felipe. A vaga na Primeira Divisão de 2007 não foi desperdiçada pela equipe. Dentro de casa, ficam as recordações de algumas vitórias, entre elas sobre o Corinthians e o Flamengo, no returno, ambos por 1x0.

REBAIXOU O RIVAL

Em 2012, o time da Avenida Conselheiro Rosa e Silva voltou à elite nacional e também fez uma excelente campanha. Entre os destaques dentro de seus domínios, um jogo chama mais atenção. Na derradeira rodada, dia 2 de dezembro, em um Clássico dos Clássicos, Araújo marcou o gol que despachou o rival Sport para a Série B e garantiu o Timbu de volta a uma competição continental depois de 44 anos.

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