No próximo sábado (14), a norte-americana Ronda Rousey vai fazer a sua oitava defesa do cinturão dos pesos-galo contra a compatriota Holly Holmy. As lutadoras farão a luta principal do UFC 193, em Melbourne, na Austrália. Diante do favoritismo esmagador da ex-judoca, famosa por aniquilar boa parte das adversárias que cruzam seu caminho ainda no primeiro round, a desafiante se agarra ao fato de já ter obtido êxito na condição de “azarão” de uma luta na qual um título esteve em jogo. Há uma década, Holm se viu praticamente na mesma situação que vai enfrentar quando entrou no ringue para enfrentar a então estrela do boxe Christy Martin e venceu a luta por nocaute técnico.
Na ocasião Holm tinha 12 lutas e a oponente já havia conquistado 47 vitórias. “Ela tinha lutado no card do Mike Tyson, esteve na capa da revista Sports Illustrated (uma das mais conceituadas de esportes do mundo) e foi condecorada - ela era uma espécie de pioneira do boxe feminino ", disse Holm em entrevista ao UFC.com.
Antes do confronto com Martin, amigos e familiares ficavam perguntando se Holm estava louca. Ela não os deu atenção. Depois da luta contra Christy Martin, conseguiu se tornar uma das maiores pugilistas mulheres de todos os tempos. “Foi provavelmente uma das lutas (contra Christy Martin) mais fáceis que eu já tive fisicamente. Mentalmente foi uma luta - não, não foi uma luta. Foi uma batalha emocional e intensa”, disse Holm. “Eu acho que talvez um juiz deu a ela a vitória em dois rounds, e o resto… bom, o restante eu fui lá e limpei a casa facilmente”, completou.
Com um cartel no MMA que conta com nove lutas e nove vitórias, sendo seis por nocaute, Holm não faz o tipo polêmico, que fica disparando bravatas sobre as adversárias até instantes antes das lutas, a exemplo do que fez a brasileira Bethe Correia, última desafiante de Ronda Rousey. Pelo contrário. Holm, inclusive, valoriza o caminho trilhado pela campeã mundial do peso-galo. “Tudo que ela faz é importante e eu não estou ignorando nenhum passo. Me importa, sim, o que ela faz. Ela tem três nocautes em sua carreira por algum motivo. Ronda tem força e poder”, elogiou.
Ainda assim, a ex-pugilista planeja desbancar mais uma favorita em sua carreira durante a noite do UFC 193. “Eu sou uma lutadora diferente e isso vai ser uma luta diferente das que vocês já viram até hoje”, disse. “Eu não sou apenas uma boxeadora. Se eu planejasse apenas o boxe para a minha vida, eu teria ficado no boxe”, concluiu.
Compare os números de Rousey e Holm:
