Para todo atleta, o auge da carreira é conquistar a classificação para a maior competição do Planeta: os Jogos Olímpicos. O próximo destino do evento será Tóquio, capital do Japão, em 2020, e a corrida para garantir uma das vagas na delegação brasileira já começou. Dos 16 pernambucanos que marcaram presença no Rio-2016, apenas oito sonham com a disputa na Ásia. A grande questão que cerca a maioria desses competidores é a idade. Ainda assim, a “velha guarda” do Estado conta com nomes fortes que lutam pela classificação. São eles: Erica Sena (marcha atlética), Wagner Domingos (lançamento do martelo), Keila Costa (saltos triplo e em distância), Etiene Medeiros (natação), Felipe Nascimento, Priscila Oliveira (pentatlo moderno), Dani Lins (vôlei) e Bárbara (futebol).
Vale ressaltar que a jornada para estar em Tóquio é mais dura em relação ao ciclo olímpico passado. Realizar um evento no Rio de Janeiro atraiu o investimento de setores público e privado. Agora, porém, o esporte do País encara uma temporada de recursos reduzidos. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) já anunciou que disponibilizará 250 vagas para atletas na delegação nacional – número inferior aos 465 do Rio-2016 – e o orçamento contará com R$ 100 milhões a menos no valor total.
Além da dificuldade de encontrar parceiros que apoiem o esporte, a faixa etária é um fator que preocupa no cenário local. Para se ter uma ideia, dos oito atletas olímpicos remanescentes, apenas três têm menos de 30 anos: Etiene, Priscila e Felipe estão firmes em busca da classificação para Tóquio e podem ainda pensar em competitividade para Paris-2024.
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COMPETIDORES
Etiene é a principal nadadora do Brasil na atualidade. Por isso, é muito provável que ela esteja entre os classificados para os Jogos. Mas não só isso. Ela deve chegar como forte candidata ao pódio da competição e estabelecer novo marco no esporte do País. Para quem não lembra, a pernambucana foi a única finalista no Rio-2016, na prova dos 50m livre. Já nos 50m costas, ela ostenta quatro ouros em mundiais (três em piscina curta e um em piscina olímpica). Na natação, a Federação Internacional divulgará os índices técnicos das prova e o prazo limite para os atletas atingirem as marcas.
No pentatlo, Priscila Oliveira é a mais experiente da modalidade e segue em busca do sonho olímpico. Perto de alcançar os 30 anos, ela explicou que a renovação é positiva e precisa acontecer. “Os ciclos se renovam e isso é muito bom para o esporte. Valorizo quem está chegando. Eu continuo competitiva, terei vários torneios em 2019 e vou buscar a vaga para os Jogos Pan-Americanos e depois me concentrar na classificação dos Jogos. Não vou sair do cenário tão fácil”, garantiu a atleta, que tem a missão de suceder Yane Marques, bronze em Londres-2012. A situação de Felipe é parecida. A dupla pernambucana precisa competir e somar pontos no ranking nacional e internacional. A classificação pode ser garantida de forma direta pelos Jogos Pan-Americanos e Mundial ou pelo ranking.
Os pernambucanos do atletismo encaram provavelmente o último ciclo olímpico por conta da idade avançada. Com 35 anos, Wagner tem a vantagem de figurar no topo do ranking do martelo e ser, disparado, o melhor representante da prova na América do Sul. “A experiência é um diferencial e acredito que o índice será novamente algo em torno de 77/78m. Estou treinando para alcançá-lo e garantir minha vaga”, comentou. Keila Costa, por sua vez, tem a mesma idade do conterrâneo, mas observa atletas mais jovens despontarem no cenário. Já Erica Sena é a melhor marchadora do Brasil e, inclusive, está no Top 10 do ranking internacional. No Rio-2016, ela ficou na quarta colocação e promete o pódio em Tóquio. Nos esportes coletivos, Bárbara e Dani Lins dependem da convocação dos treinadores no futebol e vôlei.