Sobram adjetivos na hora de definir o significado de Magrão para o Sport. Com 40 anos, ele segue fazendo história e tendo seu nome cantado em uníssono pela torcida rubro-negra, numa idolatria que só cresce. Debaixo de suas traves, é quase absoluto. Mais que isso, é peça fundamental da equipe treinada por Vanderlei Luxemburgo. Não por acaso, é o jogador que mais entrou em campo pelo Leão na temporada – fez 55 jogos oficiais, dos 64 em 2017. Contra a Ponte Preta, na última quarta-feira (20/9), pela Copa Sul-Americana, escreveu mais um capítulo importante de sua trajetória na Praça da Bandeira. Fez duas defesas difíceis, uma nos acréscimos, classificando o time às quartas de final.
E motivos para a idolatria da torcida do Sport em Magrão, de fato, não faltam. Mais que isso, títulos. Magrão é mais que um símbolo do rubro-negro: tem nove troféus conquistados (são sete Pernambucanos, um da Copa do Brasil e um da Copa do Nordeste), 664 partidas disputadas (é o jogador que mais atuou pelo Leão), 30 pênaltis defendidos e incontáveis intervenções salvadoras em mais de 12 anos de clube.
Na atual temporada, com as grandes atuações de seu camisa um, o torcedor começou a cobrar uma estátua para o jogador. Até hoje, o único a receber tal honraria foi o atacante Ademir de Menezes, artilheiro da Copa do Mundo de 1950.
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Ou seja, apesar de quarentão, Magrão tem um desempenho mais do que louvável. Tanto que já teve seu nome “sugerido” por Vanderlei Luxemburgo para a seleção brasileira. Na ocasião, foi comparado pelo próprio Luxa com os italianos Gianluigi Buffon e Dino Zoff, que tiveram carreiras longevas de sucesso debaixo das traves. O primeiro, inclusive, ainda está em atividade, com 39 anos e em grande fase na Juventus-ITA, enquanto o segundo venceu a Copa de 1982, na Espanha, com 40 anos e em alto nível.
“A seleção brasileira é aberta. Sei como é. Fui treinador lá. E conheço a cabeça de Tite. Pelo que a gente conhece de futebol, vendo um Dino Zoff agarrando em Copa com 42, Buffon em alta performance com 40. E vê Magrão, que hoje é referência, goleiro de maior atuação no Brasil nos últimos tempos. Como ele convoca Prass (Fernando, do Palmeiras), não vejo porque não uma convocação de Magrão para a seleção”, pediu Luxa na época, após atuação iluminada de Magrão no empate sem gols contra o São Paulo, na Ilha, pela 7ª rodada.
BRASILEIRÃO
Em declínio de desempenho no Brasileirão (são sete jogos sem vencer), o Sport precisará mais do que nunca de Magrão para engatar uma recuperação na tabela. Nesta segunda (25/9), na Ilha do Retiro, os rubro-negros recebem o Vasco, no complemento da 25ª rodada.