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Cicinho acusa Eduardo Baptista e ex-dirigentes de complô no Sport

Em entrevista ao 'Bolívia Talk-Show', do Desimpedidos, ex-lateral do Sport relembrou também jejum de refrigerante, 'bolada' e Caça-Rato

Diego Borges
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Diego Borges
Publicado em 28/09/2018 às 13:08
 Arquivo/JC Imagem
Cicinho jogou no Sport em 2012 e início de 2013. - FOTO: Arquivo/JC Imagem
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Ex-jogador do Sport, o lateral-direito Cicinho fez uma dura acusação ao agora ex-técnico do Leão, Eduardo Baptista. Segundo ele, o treinador - à época como preparador físico rubro-negro - formou complô junto com a diretoria para que Cicinho saísse do clube. De acordo com ele, Eduardo foi personagem principal na decisão.

"Fui muito feliz. Fiquei um ano no Sport. A minha saída de lá foi muito conturbada por temos da da diretoria. Foi-se taxado na imprensa que eu pedi R$ 500 mil para jogar pelo Sport. Era tudo mentira, meu salário na época era o mais baixo", afirmou Cicinho no canal do Desimpedidos no Youtube. Logo depois, o lateral fez as acusações.

"Tudo foi uma armação de diretores que estavam lá, inclusive de um ex-treinador que trabalhou lá, que na época era preparador físico, que é o Eduardo Baptista. Foi um complô armado para a minha saída do Sport. Consegui na medida do possível ajudar o Sport."

A passagem de Cicinho pela Ilha do Retiro gerou polêmicas e ainda provoca um misto de sensações na torcida do Sport. Foram 48 jogos e dois gols marcados com a camisa do Leão, entre o segundo semestre de 2012 e maio de 2013, deixando o clube após a eliminação na Copa do Nordeste daquele ano.

CAMPANHA DO REFRIGERANTE

Cicinho também resgatou a inusitada campanha para evitar o consumo excessivo de refrigerante, quando prometeu voltar a beber apenas quando marcasse um gol com a camisa do Sport. Após sete meses de jejum, no entanto, o lateral não consumiu mais refrigerante.

"Foi muito engraçado porque eu tomava muito refrigerante. A minha esposa pediu para parar um pouco. Faz mal, ainda mais para o atleta. Aí eu fiz a proposta 'enquanto eu não fizer um gol, eu não tomo refrigerante'. Estava em Recife e poderia tomar suco, ou água de coco, e por incrível que pareça, fiquei sete meses sem fazer gol. Fiquei sete meses tomando água e quando fiz gol já não gostava e não tinha mais vontade. Hoje eu já não tomo refrigerante", revelou.

'APAGÃO' NA FINAL

Outro tema da entrevista foi provocado pelos rivais torcedores do Santa Cruz, que relembraram o episódio da decisão do Campeonato Pernambucano de 2013, quando Cicinho deixou o campo após tomar uma bolada no rosto logo aos dois minutos de partida. Segundo o jogador, até hoje os momentos que precederam a partida foram esquecidos em um episódio de amnésia.

"Foi uma cena muito comentada. Saiu uma falta no começo do jogo na Ilha do Retiro e eu estava na barreira. Não lembro quem, mas acho que foi o João Paulo (sic, João Paulo só jogou pelo Santa Cruz a partir de 2015) que cobrou a falta e bateu na minha orelha. Eu caí e fiquei meio desacordado", conta.

"Eu tive um apagão por um tempo que eu não lembrava como tinha chegado ao estádio, não lembrava de quantos minutos de jogo tinha. Começou a escurecer o lado esquerdo da minha vista e eu não tinha reflexo. Não sabia como estava dentro de campo. Aí pedi substituição, fui para o vestiário e pedi que me levassem ao hospital, mas os médicos estavam todos empenhados no jogo e pediram para que eu ficasse na maca, comecei a vomitar no vestiário", completa, antes de encerrar.

"No outro dia, por minha conta, eu fiz um exame, um eletro da cabeça e vi que estava tudo bem. O médico me falou que aquilo que eu vivi, poderia sim recuperar as lembranças. Mas até hoje eu não lembro o que aconteceu antes. Porque pegou e chacoalhou tudo."

O PASSE DE CAÇA-RATO

Outra provocação dos torcedores do Santa Cruz diz respeito ao gol marcado por Denis Marques na primeira partida da final, no Arruda, após tabela com Flávio Caça-Rato, onde o CR7 coral realizou um belo passe de letra para o companheiro, na frente de Cicinho, seu marcador.

"Foi um passe que ele deu, que eu fui tentar virar o corpo e a bola passou do meu lado, e o Denis Marques acabou fazendo o gol", relembrou o lateral, antes de valorizar a torcida rival.

"A torcida do Santa Cruz merece todo o meu respeito. A maneira como me trataram lá (em Recife), independentemente da condição que se encontra o time, sempre lotando o estado", declara, antes de alfinetar. "Mas o Sport é a maior do Nordeste. Eu também posso provocar."

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