PROTESTO

Advogados no Paquistão em greve após atentado suicida

A explosão em um hospital, na segunda-feira (8), ocorreu num momento em que muitos advogados e jornalistas se concentravam no local. Ao menos 70 pessoas morreram

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Publicado em 09/08/2016 às 7:35
Foto: AAMIR QURESHI / AFP
A explosão em um hospital, na segunda-feira (8), ocorreu num momento em que muitos advogados e jornalistas se concentravam no local. Ao menos 70 pessoas morreram - FOTO: Foto: AAMIR QURESHI / AFP
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Muitos advogados no Paquistão decidiram nesta terça-feira (9) não participar de audiências para protestar contra o atentado suicida que matou na véspera ao menos 70 pessoas, entre elas muitos colegas de profissão, no sudoeste do país.

O ataque foi contra o hospital civil de Quetta (sudoeste), onde 200 pessoas, a maioria jornalistas e advogados, se reuniam em sinal de luto pelo assassinato poucas horas antes de um famoso advogado da região.

"Os advogados de todo o país boicotarão nesta terça-feira os processos judiciais como protesto após a morte de advogados em Quetta ontem", indicou em um comunicado o Conselho de Advogados do Paquistão.

As escolas do Baluchistão, província instável cuja capital é Quetta, seguirão fechadas nesta terça-feira, informou o porta-voz do executivo provincial, Anwar-ul-Haq Kakar.

Entre as 112 pessoas feridas, 27 seguiam em estado crítico e foram transferidas pelo ar a Karachi, onde se encontram agora "fora de perigo", segundo um porta-voz do hospital Aga Khan.

O atentado foi reivindicado na noite de segunda-feira por uma facção talibã, Jammat-ul-Ahrar (JuA), e depois pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

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