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França aprova extradição de Noriega para o Panamá

A decisão desta quarta-feira (23) ocorre após os EUA concordarem com um segundo pedido de extradição panamenho

Agência Estado
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Publicado em 23/11/2011 às 14:43
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Um tribunal de apelações da França determinou nesta quarta-feira que o ex-ditador do Panamá Manuel Noriega pode ser extraditado para a sua terra natal a fim de cumprir pena por crimes cometidos durante o seu governo linha dura nos anos 1980. "O tribunal reconhece o consentimento de Manuel Antonio Noriega de ser entregue às autoridades do Panamá", informou a corte. "Eu quero voltar ao Panamá para provar a minha inocência nesses procedimentos que foram realizados na minha ausência e sem assistência jurídica", disse o ex-ditador.

Noriega, um ex-aliado dos Estados Unidos que governou o Panamá entre 1983 até sua queda após uma invasão americana em 1989, passou mais de 20 anos em uma prisão nos EUA antes de ser extraditado em 2010 para a França, onde ele foi condenado por lavagem de dinheiro.

A decisão desta quarta-feira (23) ocorre após os EUA concordarem com um segundo pedido de extradição panamenho. A aprovação americana era necessária porque as autoridades dos EUA enviaram Noriega para a França em abril do ano passado enquanto ele cumpria pena em uma prisão de Miami.

Um dos advogados de Noriega afirmou na semana passada que o ex-líder deveria passar o Natal em sua terra natal e chegou a dizer que ele poderia até nem ir à prisão por causa dos supostos problemas de saúde do ex-ditador, de 77 anos.

Um chefe de inteligência por um longo período que se tornou o governante militar do país 1983, Noriega passou 21 anos em uma prisão em Miami por crimes envolvendo o tráfico de drogas. Depois, foi extraditado para a França, onde foi condenado a seis anos de prisão sob a acusação de lavagem de dinheiro para o cartel de drogas de Medellín.

O Panamá quer a extradição dele da França para que Noriega cumpra três sentenças de 20 anos pelo assassinato de três opositores: Hugo Spadafora, médico e ex-vice-ministro da Saúde, em 1985, capitão Moisés Giroldi, em 1989, e Heliodoro Portugal, sindicalista, em 1970.

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