Japão

Nagasaki lembra aniversário de explosão da bomba atômica

Cerimônia anual foi realizada perto do local onde o Exército norte-americano jogou a bomba de plutônio, apelidada de "fat man"

da Agência Estado
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Publicado em 09/08/2012 às 13:15
Foto: JIJI PRESS / AFP
Cerimônia anual foi realizada perto do local onde o Exército norte-americano jogou a bomba de plutônio, apelidada de "fat man" - FOTO: Foto: JIJI PRESS / AFP
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O prefeito de Nagasaki pediu nesta quinta-feira (9) um Japão livre de temores nucleares, no dia em que a cidade lembrou o 67º aniversário da explosão bomba atômica, lançada pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.

"Mesmo durante tempos de guerra há certas ações inaceitáveis", disse Tomihisa Taue durante cerimônia que lembrou as 74 mil pessoas que morreram instantaneamente ou nos meses ou anos após o ataque.

Taue prometeu apoiar as pessoas cujas vidas foram drasticamente afetadas pelo derretimento de reatores da usina nuclear Fukushima Daiichi, após o local se atingido por um tsunami em março de 2011.

Ele pediu que o governo central "estabeleça novos objetivos de política energética para a construção de uma sociedade livre do temor da radioatividade".

A cerimônia anual foi realizada perto do local onde o Exército norte-americano jogou a bomba de plutônio, apelidada de "fat man" (homem gordo) em 9 de agosto de 1945, dias antes da rendição do Japão.

Dentre os que participaram pela primeira vez da cerimônia estavam Clifton Truman Daniel, 55 anos, neto do presidente norte-americano Harry Truman, que autorizou o bombardeio a Nagasaki e Hiroshima, ocorrido três dias antes, onde foi jogada uma bomba de urânio de quatro toneladas apelidada de "little boy" (menininho). A bomba matou 140 mil pessoas.

Em discurso durante a cerimônia, o primeiro-ministro Yoshihiko Noda, pediu a abolição das armas nucleares e prometeu manter seus esforços para evitar que as memórias dos bombardeios se percam.

As cerimônias que lembram os aniversários dos dois ataques com bombas atômicas tiveram maior impacto neste ano, na medida em que muitos japoneses debatem a política energética, em meio ao ceticismo popular sobre o uso da energia nuclear. As informações são da Dow Jones.

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