Crise

Filipinas acusa Pequim de tomar controle do Mar da China

Vietnã, Malásia, Filipinas e o sultanato de Brunei reivindicam a soberania sobre partes do estratégico mar

Da AFP
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Publicado em 26/04/2015 às 13:53
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As Filipinas acusaram neste domingo (26) Pequim de estar prestes a assumir "o controle de fato" do Mar da China Meridional, e convocou outros países do sudeste asiático a "finalmente se mobilizar" contra seu poderoso vizinho.

Vietnã, Malásia, Filipinas e o sultanato de Brunei reivindicam a soberania sobre partes do estratégico Mar da China Meridional, mas Pequim reivindica quase todas as áreas e mostra sua força, o que levantou preocupações na região e além.

"(A China) está prestes a consolidar o controle de fato do Mar da China Meridional", declarou o ministro filipino das Relações Exteriores, Albert del Rosario, a seus colegas do sudeste asiático durante uma reunião anual da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) em Kuala Lumpur.

"Os problemas criados por estas reivindicações são reais e não podem ser ignorados ou negados", disse ele, de acordo com uma transcrição de suas declarações, advertindo sobre implicações geopolíticas "urgentes e substanciais".

Manila havia denunciado no início desta semana a agressividade da China no Mar da China Meridional e o presidente das Filipinas afirmou à AFP em 14 de abril que as reivindicações de Pequim devem despertar "medo" do mundo.

As imagens de satélite publicadas por um laboratório de ideias americano revelaram recentemente que a China tem realizado terraplanagem em recifes de corais. Essas imagens também mostraram operações significativas de extensão de uma ilhota e de acondicionamento em portos artificiais sobre os arrecifes das ilhas Spratleys.

A China reivindica a soberania sobre a maior parte do Mar da China Meridional, incluindo zonas marítimas próximas das costas de outros países asiáticos.

Trata-se de uma rota marítima de extrema importância para o abastecimento da região. Este mar também pode abrigar grandes reservas de petróleo e gás.

Pequim baseia sua reivindicação em mapas que remontam à década de 1940.

As Spratleys são disputadas por vários países, incluindo Filipinas, Vietnã, Brunei, Malásia e Taiwan há décadas.  

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