Meio Ambiente

Uma espécie animal em seis está ameaçada pelo aquecimento global

Pesquisa analisou ??170 estudos científicos sobre o impacto do aquecimento sobre a flora e a fauna de várias regiões do mundo e com métodos diferentes

AFP
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Publicado em 30/04/2015 às 22:27
Foto: Aquário de São Paulo
Pesquisa analisou ??170 estudos científicos sobre o impacto do aquecimento sobre a flora e a fauna de várias regiões do mundo e com métodos diferentes - FOTO: Foto: Aquário de São Paulo
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Uma espécie animal em cada seis está em risco de desaparecer devido aos efeitos do aquecimento global caso as emissões de dióxido de carbono (CO2) continuem no ritmo atual - alertou uma pesquisa norte-americana, que solicitou medidas urgentes.

"Os resultados deste estudo sugerem que os riscos de extinção vão se acelerar com o aumento da temperatura global, ameaçando 16% das espécies animais caso as políticas atuais não mudem", disse Mark Urban, pesquisador do departamento de Ecologia e Biologia da Universidade de Connecticut e principal autor do estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science.

Ele analisou ??170 estudos científicos sobre o impacto do aquecimento sobre a flora e a fauna de várias regiões do mundo e com métodos diferentes.

Constatou que a perda da biodiversidade se acelera a cada grau Celsius a mais na temperatura do planeta.

Os líderes mundiais esperam que a temperatura suba apenas 2°C até o final do século comparado à era pré-industrial, um cenário que segundo a maioria dos climatologistas é subestimado.

Se for assim, de acordo com esta pesquisa, em seguida 5,2% das espécies estarão ameaçadas de extinção, contra 2,8% que estão no presente.

Com um aumento de 3°C no mesmo período, 8,5% das espécies podem desaparecer. E se o termômetro subir 4,3°C até 2100, isto significará que 16% das espécies animais estarão ameaçadas.

O autor do estudo também concluiu que o perigo de extinção varia de acordo com as regiões do mundo, conforme sejam afetadas pelo aquecimento.

Em alguns países do hemisfério sul, onde os habitats estão encolhendo a uma taxa que não permite a animais como répteis e anfíbios se moverem rapidamente, o risco de extinção é ainda maior: até 23% da espécies na América do Sul e 14% na Austrália e Nova Zelândia estariam sob ameaça.

América do Norte e Europa são as regiões com menor risco, com 5 e 6%, respectivamente.

"Há uma necessidade urgente de estratégias para limitar as alterações climáticas se quisermos evitar uma aceleração de extinções de animais no planeta", pediu Mark Urban.

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