A polícia da Índia prendeu mais de 1.000 manifestantes na Caxemira indiana, em uma tentativa de conter as violentas manifestações na região do Himalaia, disse o inspetor-geral, Javaid Syed Mujtaba Gillani, nesta segunda-feira (8).
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Segundo Gillani, as prisões foram feitas ao longo das últimas duas semanas em uma tentativa de acabar com um mês de protestos que deixaram ao menos 55 civis e dois policiais mortos, além de milhares de feridos.
Os confrontos começaram após a morte de Burhan Wani, líder do grupo separatista Hizbul Mujahideen, no dia 8 de julho. Desde então, o governo decretou um toque de recolher e cortou as redes de internet e telefonia móvel. Wani morreu ao lado de dois membros de sua organização em um tiroteio contra as forças de segurança na localidade de Kokernag (sul).
Milhares de pessoas desafiaram o toque de recolher e participaram de protestos, levando a confrontos muitas vezes entre os residentes que atiravam pedras e as forças do governo que disparavam balas, gás lacrimogêneo e chumbo de espingarda.
Nesta segunda-feira, tropas patrulhavam as ruas cercadas de arame farpado, e reforçaram o toque de recolher. Lojas e escolas foram fechadas por questões de segurança.
A região da Caxemira está dividida entre Índia e Paquistão desde a independência dos dois países em 1947 dos colonialistas britânicos. Desde então, os dois lados reclamam a soberania. A Índia acusa o Paquistão de armar e treinar rebeldes da Caxemira para lutarem pela independência. Já o Paquistão nega a acusação, dizendo que isso é algo moral e apoio político.
Mais de 68 mil pessoas, a maioria civis, foram mortos desde que os grupos rebeldes começaram a lutar entre si em 1989 e em uma repressão subsequente. Fonte: Associated Press.