Pesquisa

Câncer infantil aumentou 13% em 20 anos

Entre os adolescentes, a frequência está estimada em 185 casos em um milhão por ano, indica o estudo publicado na revista britânica The Lancet Oncology

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Publicado em 11/04/2017 às 21:55
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Entre os adolescentes, a frequência está estimada em 185 casos em um milhão por ano, indica o estudo publicado na revista britânica The Lancet Oncology - FOTO: Reprodução/Internet/GAC Amazonas
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A frequência do aparecimento do câncer em crianças é 13% mais alta nos anos 2000 do que nos anos 1980, segundo um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), que atribui este aumento a uma melhor detecção, mas também a fatores ambientais.

Entre 2001 e 2010, a incidência do câncer em menores de 14 anos foi de 140 casos em um milhão por ano, indica este estudo internacional coordenado pelo Centro Internacional de Pesquisa contra o Câncer, a agência da OMS especializada nesta doença.

O câncer mais frequente nesta faixa de idade é a leucemia (quase um terço dos casos), seguido pelos tumores no sistema nervoso central (20%) e os linfomas, afirma o estudo, que analisou 300.000 casos diagnosticados em 62 países.

"Uma parte deste aumento se deve, talvez, a uma detecção melhor ou precoce deste cânceres", afirma o centro, sem precisar em que proporção.

Mas o aumento da incidência de cânceres pediátricos pode ter sido influenciado por "fatores externos, como infecções ou certas substâncias contaminantes presentes em certos ambientes", acrescenta a agência.

Adolescentes

Entre os adolescentes (15 a 19 anos), a frequência está estimada em 185 casos em um milhão por ano, indica o estudo, publicado na revista britânica The Lancet Oncology.

O linfoma é o mais frequente (23% dos casos), à frente dos carcinomas e dos melanomas (cânceres de pele, 21%).

"O câncer é uma causa significativa de falecimento entre as crianças e os adolescentes, apesar de raramente ocorrerem antes dos 20 anos", destacou Christopher Wild, diretor do centro de pesquisa. Wild espera que os dados deste estudo ajudem a "sensibilizar, compreender melhor e combater melhor este setor pouco atendido da saúde nos primeiros anos de vida".

Não obstante, as cifras observadas provavelmente estejam subestimadas, em particular nos países com menos recursos, já que nem todos os casos são declarados e por conta da falta de equipamentos para diagnóstico, afirma o centro.

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