SÍRIA

Pentágono nega participação em acordo com combatentes do EI na Síria

As Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas pelos EUA, acertaram com os jihadistas a entrega de Tabqa, "capital" do Estado Islâmico na Síria

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 12/05/2017 às 19:18
Foto: DELIL SOULEIMAN / AFP
As Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas pelos EUA, acertaram com os jihadistas a entrega de Tabqa, "capital" do Estado Islâmico na Síria - FOTO: Foto: DELIL SOULEIMAN / AFP
Leitura:

O Pentágono garantiu nesta sexta-feira (12) que não participou de um acordo para que combatentes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) entregassem a cidade síria de Tabqa, justificando os ataques aéreos que mataram membros do EI em meio à retirada. As Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas pelos Estados Unidos, acertaram com os jihadistas a entrega de Tabqa, cidade-chave no caminho de Raqa, "capital" do Estado Islâmico na Síria.

Mas assim que os jihadistas abandonaram a cidade, cerca de 70 combatentes foram rastreados e atacados por aviões americanos, que mataram vários homens. "O acordo foi para que o EI deixasse a represa de Tabqa e suas posições remanescentes na cidade que controlava", disse o porta-voz do Pentágono Jeff Davis. "Isto não altera o fato de que quando identificamos combatentes do ISIS (acrônimo do Estado Islâmico) no campo de batalha e os temos na mira, atiramos", assinalou Davis, acrescentando que as forças americanas não consideraram a atitude dos jihadistas como uma rendição. 

Segundo um funcionário dos Estados Unidos, o acordo com as FDS estava em andamento há duas semanas, e Washington tinha conhecimento das negociações, "mas não era sua preferência". As FDS, uma aliança de forças curdas e árabes na Síria, permitiu aos combatentes do EI abandonar Tabqa em troca do "desmantelamento dos artefatos explosivos" colocados em torno da represa e "da entrega de todas as armas pesadas", segundo a coalizão internacional que combate o EI.

"Nada disto impedia a perseguição dos jihadistas", disse o comandante Adrian Rankine-Galloway. "Isto é um combate. Não fizeram um acordo conosco".

Últimas notícias