Alemanha

Caos e distúrbios provocam tensão em Hamburgo no início da cúpula do G20

A cidade portuária de Hamburgo despertou hoje com a sensação de estar em meio a uma guerra, sacudida por uma escalada de violência sem precedentes.

Agência Brasil
Cadastrado por
Agência Brasil
Publicado em 07/07/2017 às 17:53
Foto: Reprodução/Agência Brasil
A cidade portuária de Hamburgo despertou hoje com a sensação de estar em meio a uma guerra, sacudida por uma escalada de violência sem precedentes. - FOTO: Foto: Reprodução/Agência Brasil
Leitura:

A cidade portuária de Hamburgo despertou hoje (7) com a sensação de estar em meio a uma guerra, sacudida por uma escalada de violência sem precedentes no primeiro dia da reunião de cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo). A informação é da agência alemã DPA.

Depois de uma noite de distúrbios e jogos de gato e rato entre a polícia e os manifestantes anticapitalistas, a situação se complicou nas horas que antecederam o início das deliberações de dois dias dos chefes de Estado e de Governo no centro de convenções de Hamburgo e forçou inclusive uma mudança no programa das "primeiras damas".

"Bem vindos ao inferno"

Escaramuças, automóveis em chamas, bloqueios nas ruas para impedir a passagem dos convidados oficiais, esse era o panorama que oferecia a cidade hoje, vazia de habitantes mas cheia de manifestantes e policiais.

Desconhecidos puseram fogo em vários veículos em diferentes zonas da cidade e atacaram lojas e  negócios. No porto, os ativistas bloquearam um cruzamento vital, produzindo um imenso engarrafamento de caminhões. Colunas de fumaça negra se elevaram no oeste da cidade. No elegante bairro Elbchaussee (Boulevard do Elba) entre 25 e 30 carros foram incendiados.

Enquanto isto, o bairro contestador de Schanzenviertel, que foi cenário dos protestos intitulados "Bem vindos ao inferno" na madrugada, buscava recuperar a normalidade, com os serviço de limpeza pública trabalhando em ritmo acelerado.

E hoje, dia em que as manifestações estavam proibidas no centro da cidade portuária, centenas de críticos do G20 tentaram chegar à zona de alta segurança  na qual estavam os líderes, com o objetivo de impedir o encontro multilateral.

Desnorteio e prisões

A polícia se viu desnorteada pelos distintos focos do protesto e, apesar de contar com quase 20 mil efetivos, as autoridades tiveram que pedir reforço a outros estados vizinhos. Até o meio-dia já se haviam contabilizado 159 agentes feridos e 60 manifestantes detidos.

Entre os feridos também há manifestantes, porém se desconhece com exatisão o número. Uma porta-voz dos manifestantes declarou pela manhã que não podia dar cifras, mas que eram muitos os feridos "entre eles, feridos graves".

Melania bloqueada

A vítima mais importante dos atrasos foi a primeira dama dos Estados Unidos, Melania Trump, que ficou sem poder sair da casa onde estava para participar do passeio de barco previsto para os "consortes" dos líderes do G20.

O programa dos acompanhantes dos líderes teve que ser modificado por motivos de segurança. As  autoridades decidiram suspender a visita programada ao Centro Alemão de Investigação Climática e e a um hotel onde assistiram a uma palestra de especialistas no tema.

Últimas notícias