O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou que a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) não poderá inscrever candidatos em sete dos 23 estados do paras as eleições de governadores, previstas para dezembro.
A coalizão, no entanto, poderia apresentar candidatos nas cédulas eleitorais dos partidos políticos que integram a aliança.
A MUD "deverá abster-se de inscrever candidaturas em Zulia, Apure, Monagas, Bolívar, Trujillo, Aragua e Carabobo, em cumprimento a decisões adotadas por tribunais destes estados, relacionadas com julgamentos que avançaram desde o ano passado", informa um boletim do CNE.
Leia Também
Os processos judiciais foram iniciados por denúncias do chavismo de irregularidades na coleta de assinaturas para um referendo revogatório que a MUD pretendia organizar contra o presidente Nicolás Maduro. Os sete estados mencionados são governados por políticos chavistas.
A MUD não informou se participará das eleições, depois de se recusar a apresentar nomes para a Assembleia Constituinte eleita em 30 de julho por iniciativa de Maduro.
A Ação Democrática, um dos partidos políticos de maior tradição entre os que integram a MUD, informou que apresentará candidaturas.
Fraude
A oposição acusa do CNE de "fraude". A empresa que forneceu as máquinas de votação para a eleição da Constituinte, Smartmatic, afirmou que os resultados foram "manipulados" pelas autoridades para anunciar a participação de oito milhões de venezuelanos, número rejeitado pelos adversários de Maduro.
Outros setores de oposição se recusam a participar nas eleições regionais por considerar que isto "legitimaria" o CNE após as acusações de fraude na Constituinte.