O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, expressou nesta terça-feira o "apoio total" do Pentágono aos esforços do chefe da diplomacia, Rex Tillerson, para encontrar uma solução diplomática para a crise com a Coreia do Norte por seu programa balístico e nuclear.
Paralelamente, o exército americano "está concentrando seus esforços na defesa dos Estados Unidos e de seus aliados", acrescentou Mattis, ao discursar para a Comissão das Forças Armadas do Senado.
Mattis pareceu contradizer o presidente Donald Trump, que disse no domingo (1º) que dialogar com Pyongyang seria "perda de tempo".
Perguntado sobre isso, o chefe do Pentágono garantiu que no governo americano não havia "discrepâncias" sobre a questão norte-coreana.
"As instruções que o presidente Trump deu a Tillerson e a mim são muito claras: devemos continuar os esforços diplomáticos com diversas iniciativas com a China e impulsionar sanções, sanções econômicas para manter tudo isso no contexto diplomático", disse.
Quanto aos canais de comunicação com Pyongyang, "tudo o que fazemos é sondá-los. Nós não discutimos com eles", acrescentou.
A Casa Branca descartou nesta segunda-feira o diálogo com Pyongyang, exceto para facilitar o retorno de americanos detidos pelo regime de Kim Jong-Un, deixando de lado novamente a abertura de "canais de comunicação" entre ambos os países sugerida por Tillerson no sábado (30).
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Diferenças
Não é a primeira vez que Trump, que ameaçou nos últimos dias a Coreia do Norte com sua "destruição total", parece expressar uma postura que diverge da apresentada por membros de seu governo sobre o assunto.
No final de agosto, dia seguinte do lançamento por parte de Pyongyang de um mÍssil que sobrevoou o Japão, o presidente disse que discutir com a Coreia do Norte "não era a solução".
Horas mais tarde, o próprio Mattis disse que as soluções diplomáticas nunca seriam desconsideradas.
Washington, com apoio da maior parte da comunidade internacional, considera inaceitável o programa balístico e nuclear de Pyongyang, o que nas últimas semanas deu lugar a uma escalada verbal entre Trump e Kim, que alguns temem que resulte em ações militares.