Após ter sua candidatura ao governo de Pernambuco barrada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), a vereadora do Recife Marília Arraes, que passou a disputar o mandato a deputada federal, afirmou nesta quarta-feira (08), em entrevista à Rádio Jornal, que a decisão não coube apenas ao ex-presidente Lula ou a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e sim, que houve uma chantagem por parte do PSB. "O que aconteceu foi um chantagem do PSB, que quer usar a imagem de Lula de uma maneira hipócrita para tirar nossa a candidatura, que era a que mais crescia no Estado", contou.
"A gente não faz política desse jeito. Isso de apontar o dedo para Lula ou Gleisi é muito pequeno e Pernambuco está vendo que não faço politica pequena. É uma decisão que envolve várias pessoas", acrescentou.
A neta de Miguel Arraes chegou a afirmar que ainda não houve um acerto sobre a chapa que escolherá para disputar sua candidatura a deputada, o que coloca Marília como possível candidata na coligação que apoia o governador Paulo Câmara (PSB), que fará coligação com o PT. "Nós ainda não definimos, essa decisão tem que ser coletiva, por isso nós reunimos com diversas pessoas, com lideranças politicas e tomaremos essa decisão".
Como uma alternativa, o PT deve formar uma chapinha para proporcional e planeja eleger até dois deputados federais e de três a cinco deputados estaduais.
Quando questionada sobre a postura do senador Humberto Costa (PT), a vereadora deixou claro que mesmo discordar com algumas das suas ações, o petista ganhará o seu voto. "O senador Humberto Costa ele faz um grande papel no Senado, discordo com o posicionamento dele de apoiar as alianças, mas merece ser reeleito. Vou votar em Humberto e não posso deixar de votar no Sílvio Costa (PT), que honra a imagem do ex-presidente Lula e do PT", explicou.
Leia Também
PT x PSB
Desde o ano passado, Marília tentava se consolidar como candidata ao governo de oposição. Mas o PT decidiu retirar sua candidatura e fechar aliança com Paulo, após o governador conseguir que o PSB decretasse neutralidade nacionalmente.
Sem o apoio formal ao ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), o PSB atrapalha que o pedetista se consolide como alternativa no campo da centro-esquerda, em que disputa com o PT.
Como contrapartida, o senador Humberto Costa (PT) disputará a reeleição na chapa de Paulo. Além disso, o governador apoiará o ex-presidente Lula (PT) ou um candidato do PT na corrida presidencial.