Na estreia do horário eleitoral gratuito no rádio desta sexta-feira, 31, às 7 da manhã, com os candidatos que disputam o governo de São Paulo, o Senado e a Assembleia Legislativa, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o presidenciável mais presente. Mesmo preso em Curitiba desde o dia 7 de abril, depois de ser condenado em segunda instância no âmbito da Lava Jato, no caso do tríplex do Guarujá, e com sua candidatura e aparições na propaganda política como candidato sob suspeição no âmbito da Justiça - o imbróglio deve entrar na pauta desta sexta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) -, Lula apresentou seu candidato ao governo do Estado, Luiz Marinho, pediu votos para os candidatos ao legislativo e foi mote do jingle da sigla, com ênfase na estratégia que o PT vem adotando.
O partido prega que apenas o ex-presidente pode dar jeito no País, gerar emprego e trazer de volta a esperança ao povo brasileiro.
Outros partidos
Em contrapartida, num Estado onde, em tese, teria dois palanques, o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, foi esquecido pelos correligionários. Tanto Marcio França, que foi vice de Alckmin, atualmente é o governador do Estado e hoje concorre à reeleição ao Palácio dos Bandeirantes pelo PSB, quanto o ex-prefeito da capital paulista João Doria (PSDB), que já foi considerado afilhado político de Alckmin e hoje disputa o governo estadual pelo PSDB, nem tocaram em seu nome.
Os dois focaram em suas biografias. Doria, falou até das dificuldades que teve na infância, antes de se tornar um grande empresário, mas não lembrou daquele que o levou para o mundo da política.
Leia Também
- Justiça determina que Lula pague R$ 31 milhões no caso do triplex
- Advogados de Lula apresentam defesa ao TSE
- 'Palanque de Lula' e 'Turma do Temer' tomam espaço no debate
- TSE pode votar registro de candidatura de Lula nesta sexta mesmo que ação não esteja na pauta
- 'Espero que o TSE reprove a candidatura', diz Amoêdo sobre Lula
As únicas menções a Alckmin foram feitas por alguns candidatos ao Legislativo, mesmo assim, ao lado do nome de Doria, que compõe a chapa majoritária em São Paulo.
O programa de Paulo Skaf focou nas ações do emedebista, principalmente nos projetos que ele desenvolveu quando esteve à frente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), especificamente no sistema Senai. Skaf também não citou o presidenciável de sua legenda, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
O líder nas pesquisas, quando Lula não aparece nas mostras, Jair Bolsonaro (PSL), também não foi citado nesta sexta na propaganda de seus correligionários. O mesmo aconteceu como Ciro Gomes (PDT), João Amoedo (Novo) e Guilherme Boulos (PSOL).