Xenofobia

Nas redes sociais, nordestinos rebatem preconceito com crise hídrica em São Paulo

Mensagens irônicas e agressivas contra paulistas foram feitas no Twitter e no Facebook

Do JC Online
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Publicado em 27/10/2014 às 12:27
Foto: Reprodução/Facebook
Mensagens irônicas e agressivas contra paulistas foram feitas no Twitter e no Facebook - FOTO: Foto: Reprodução/Facebook
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Após o resultado do segundo turno das Eleições 2014, que deu a vitória à candidata do PT, Dilma Rousseff, muitos usuários das redes sociais dispararam insultos racistas e xenófobos contra os nordestinos, região onde a petista recebeu a maioria dos votos. Mensagens como a de Mayara Petruso, que em 2010 publicou em sua conta no microblog Twitter mensagens de ódio aos nordestinos, circularam novamente pela internet.

A reação dos internautas nordestinos veio com outras atitudes preconceituosas. A crise hídrica que atinge o Estado de São Paulo foi o mote para mensagens e insultos irônicos contra os paulistas. Mensagens mandando os eleitores tucanos chorarem na Reserva Cantareira e ironizando o fato de São Paulo passar pela pior crise de falta d'água da história foram desferidas por pessoas de todo o País, mas principalmente do Nordeste. Confira alguns exemplos:

Mau exemplo

O preconceito contra os nordestinos foi reforçado até por pessoas que deveriam dar o exemplo à população. O ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso chegou a afirmar em entrevista que o resultado do pleito no primeiro turno viria dos eleitores "desinformados" e deu a entender que esses eleitores estariam no Nordeste. O depoimento de FHC causou indignação de muitos políticos, entre eles o ex-presidente Lula. 

Outro exemplo veio do Coronel Telhada, deputado eleito pelo PSDB em São Paulo, que chegou a pedir pela independência da região em sua conta no Facebook. "Já que o Brasil fez sua escolha pelo PT entendo que o Sul e Sudeste (exceto Minas Gerais e Rio de Janeiro que optaram pelo PT) iniciem o processo de independência de um país que prefere esmola do que o trabalho, preferem a desordem ao invés da ordem, preferem o voto de cabresto do que a liberdade", afirmou.

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