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Para Cristovam Buarque, Escola sem Partido deveria se chamar ''Escola com censura''

De acordo com o senador, doutrinação deve ser combatida com debate e contestação

JC Online
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Publicado em 30/07/2016 às 13:31
Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado
De acordo com o senador, doutrinação deve ser combatida com debate e contestação - FOTO: Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado
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Para o senador Cristovam Buarque (PPS), o projeto de lei relacionado ao programa Escola Sem Partido deveria se chamar "Escola com censura". Ele veio ao Recife neste sábado (30) para participar da convenção do PSB e afirmou que é contra a proposta porque a melhor maneira de combater doutrinação é deixar que todos falem.

"Eu creio que o que eles estão propondo é censusar a sala de aula. Eu sou contra a doutrinação em todos os lugares, fora a igreja, mas a melhor maneira de combater doutrinação na escola é deixar que todos falem, que todos contestem", disse.

O Escola Sem Partido já foi aprovado em Alagoas e em quatro municípios, mas foi vetado pelos Executivos, sob a alegação de ser inconstitucional. No Distrito Federal e no Paraná, depois de serem alvo de críticas de professores, os projetos foram arquivados. A Consulta pública lançada pelo Senado Federal sobre o projeto de lei relacionado ao programa Escola Sem Partido já recebeu a opinião de mais de 330 mil pessoas.

LULA

Ao ser questionado sobre a denúncia que tornou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva réu por tentativa de obstrução das investigações da Operação Lava Jato, o senador mostrou-se preocupado com a repercussão do caso.

"Eu avalio com muita preocupação com o que isso repercutirá no Brasil e, sobretudo, como repercutirá no exterior. Por um lado o que eu vi é virar réu com base apenas no depoimento do Delcídio, eu não vi nenhuma prova além disso. Aí fica uma dúvida se há ou não substância para transformar em réu, mas talvez o juiz tenha uma outra prova que a gente não tenha conhecimento", afirmou.

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