Benefício

Mais de 83 mil pessoas são suspeitas de não cumprirem requisitos do Bolsa Família em Pernambuco

Alguns perfis são suspeitos por apresentarem indicativos de capacidade econômica superior ao limites legais dos programas, que são pobreza e extrema pobreza

Editoria de Política
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Publicado em 11/11/2016 às 16:51
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Alguns perfis são suspeitos por apresentarem indicativos de capacidade econômica superior ao limites legais dos programas, que são pobreza e extrema pobreza - FOTO: Foto: Reprodução
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Mais de 83 mil pessoas em Pernambuco são suspeitas de não cumprir os requisitos econômicos obrigatórios para receber o benefício do programa Bolsa Família, do Governo Federal. Durante o período que compreende de 2013 a 2016 os pagamentos feitos a esse perfis totalizam R$ 315.834.208 no Estado. Os dados, divulgados ontem pelo Ministério Público Federal (MPF), fazem parte da ação coordenada pelas Câmaras Criminal e de Combate à Corrupção do MPF chamada Raio X do Bolsa Família.

Alguns perfis são suspeitos por apresentarem indicativos de capacidade econômica superior ao limites legais dos programas, que são pobreza e extrema pobreza, como empresários (30.090), servidores públicos (53.524), pessoas já falecidas (781), doadores de campanha que realizaram doações maiores que os benefícios (159) e servidores públicos doadores de campanha (227). Isso significa que o estado pagou 4,9% dos recursos do programa aos perfis irregulares. 

Em Pernambuco, a cidades que aparecem no ranking com maior número de perfis suspeitos foram Palmeirina (11,18%), Água Preta (10,76%), Gameleira (10,26%), Carnaubeira da Penha (10,22%), Solidão (9,80%), Fernando de Noronha (9,75%).

No Brasil

No Brasil, mais de 870 mil beneficiários do programa são suspeitos de irregularidades totalizando mais de R$ 3,3 bilhões pagos a perfis suspeitos. O diagnóstico do MPF verificou todos os 5.570 municípios brasileiros, e apenas 31 cidades não apresentaram nenhum indício de irregularidades. Entre elas, o Rio Grande do Sul é o estado com maior número de municípios que não foram detectados indícios de irregularidade (20), seguidos de Santa Catarina (6), São Paulo (3) e Minas Gerais (2). Já o estado com maior incidência percentual de perfis suspeitos foi Roraima, com 8,89% de recursos do programa pagos. Já o estado do Pará apresentou o menor percentual de perfis suspeitos com relação ao total de recursos pagos pelo programa (1,62%).


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