ELEIÇÃO

Rodrigo Maia é reeleito presidente da Câmara dos Deputados

Democrata continuará no comando da Casa por mais 2 anos, após 7 meses de mandato-tampão

JC Online
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Publicado em 02/02/2017 às 14:02
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Democrata continuará no comando da Casa por mais 2 anos, após 7 meses de mandato-tampão - FOTO: Foto: Agência Brasil
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Com o apoio do governo e do maior bloco formado pelos partidos da base na Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi reeleito presidente da Casa na tarde desta quinta-feira (2). O democrata deixou para trás concorrentes como Jovair Arantes (PTB-GO), Luiza Erundina (PSOL-SP), Jair Bolsonaro (PSC-RJ), Julio Delgado (PSB-MG) e André Figueiredo (PDT-CE), conquistando 293 votos do total de 513 parlamentares da Câmara.

Maia teve sua candidatura judicializada, com aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF) conseguiu concorrer à reeleição, mesmo estando em discordância com artigos do regimento interno e da Constituição Federal. O parlamentar chegou à presidência após o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo. O mandato-tampão durou 7 meses com aprovação de reformas como a do Ensino Médio e  do Teto de gastos públicos pelos próximos 20 anos.

Deputado Federal desde 1999, Rodrigo Maia ingressou na Casa pelo PFL e PTB antes de se filiar ao DEM. O parlamentar foi a favor da abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff e recebeu doações no valor de R$ 10 mil, para campanha, da empresa JBS, implicada em investigações da Lava Jato.

Citado em planilha da Odebrecht

Nas planilhas da Odebrecht, reveladas pela Lava Jato, Maia é apontado como o "Botafogo", seu time de coração. O deputado do DEM recebeu, em 2010 e 2013, R$ 600 mil em doações da empreiteira, segundo ex-executivo. Segundo delação de Melo Filho, em 2013 o parlamentar foi proucrado para facilitar aprovação de projeto que interessava a empreiteira. Entre 2010 e 2013, foram contabilizados R$ 600 mil em doações da Odebrecht ao deputado, segundo delator.

Maia nega veementemente às acusações e garante que as doações recebidas durante camapanha foram todas legais.

Futuro

Durante discurso para defender a candidatura no Plenário da Casa, Maia garantiu que dará continuidade à votação das reformas propostas pelo governo Temer. "(Vamos trabalhar para ter) um parlamento reformista, que entregue em 2018, um País crescendo, gerando empregos e com taxa de juros com menos de dois dígitos", afirmou Maia, o primeiro dos seis candidatos a discursar. Ele defendeu também a rediscussão do Pacto Federativo para desconcentrar as receitas da União para os Estados e a aprovação "urgente" de uma reforma política", afirmou. O deputado também criticou a judicialização de sua candidatura, que precisou de autorização do STF para ser validada.

O democrata comandará a Câmara pelos próximos dois anos e terá direito a uma mansão para moradia em Brasília, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), escolta polícia, motoristas e empregadas. O presidente também será responsável por gerenciar um orçamento bilionário de R$ 5,9 bilhões, recursos destinados à manutenção das atividades parlamentares e aos vencimentos dos deputados. 


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