PSB

Paulo Câmara afirma que entende as razões de Fernando Filho permanecer no ministério

Ministro de Minas e Energia, do PSB, foi orientado pelo partido a deixar a pasta após crise com o governo de Michel Temer

Mariana Araújo
Cadastrado por
Mariana Araújo
Publicado em 25/05/2017 às 10:15
Foto: JC Imagem
Ministro de Minas e Energia, do PSB, foi orientado pelo partido a deixar a pasta após crise com o governo de Michel Temer - FOTO: Foto: JC Imagem
Leitura:

O governador Paulo Câmara (PSB), vice-presidente nacional do partido, afirmou, nesta quinta-feira (25), que entende a situação e as razões do ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho (PSB), em permanecer no cargo mesmo após a orientação do partido, de que ele deveria entregar o cargo. O governador disse que tem falado constantemente com o ministro.

"Ele tem suas ponderações. A gente tem que respeitar isso. O momento que o Brasil passa é muito delicado e tenho tido compreensão. Tenho conversado com ele, entendo as razões. Ele faz parte de um ministério estratégico e a gente espera que haja logo essa definição. Não tem sido bom para ninguém. Mas a gente entende a posição do ministro e respeita", declarou o governador, após solenidade de entrega de 32 viaturas ao Corpo de Bombeiros, no Palácio do Campo das Princesas.

Na última terça-feira (23), Fernando Filho divulgou uma nota afirmando que permanecerá à frente do ministério. "A saída do Ministério, como orienta meu partido, não contribui para a construção de saída para a crise que enfrentamos", declarou Fernando Filho, em nota divulgada no Facebook.

Na nota, Fernando afirmou também que o momento exige "responsabilidade e equilíbrio". "Há um ano, recebi do Presidente da República a confiança e a missão de reestruturar setores estratégicos, marcados por conflitos e incertezas em decorrência de um modelo esgotado e incapaz de atender às necessidades do Brasil", acrescentou o ministro.

RELAÇÃO ABALADA

A relação entre o ministro e o partido está abalada há um tempo. Fernando Filho foi um dos principais articuladores da eleição da atual líder da bancada do PSB na Câmara, que elegeu a deputada Tereza Cristina (PSB-MS), superando votos dos deputados pernambucanos do partido.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, também afirmou que a indicação do nome de Fernando Filho para o ministério de Minas e Energia não partiu da Executiva Nacional da legenda, mas sim de uma articulação da bancada. Um ponto a mais na relação abalada, já que o PSB, quando Temer assumiu o poder, em maio do ano passado, afirmou que atuaria de maneira independente e não indicaria nomes para o novo governo.

Últimas notícias