O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a crise política pode atrasar a aprovação da reforma da Previdência em semanas, eventualmente até um período maior. Mansueto lembrou que até a quarta-feira (17) da semana passada a avaliação era a de que havia condições para que fosse aprovada em mais duas semanas.
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"Pode ser em uma, duas, três ou mais depende da sensibilidade política. Eventualmente pode ser mais, o importante é que seja aprovada", afirmou nesta sexta-feira (26), após falar para uma plateia de investidores no Rio. Mansueto disse ainda que até abril a discussão era em torno do projeto, mas que nos últimos 30 dias isso mudou. "O projeto em si deixou de ter debate, ficou mais um debate político para se construir maioria. Agora tem que ver se essa base política que estava sendo criada e estava muito próxima de chegar ao número mínimo continua. As votações a cada dia são um teste", afirmou.
Uma reforma após a outra
Aos investidores, destacou que é necessário aprovar a reforma da Previdência para depois discutir a tributária, "outra reforma importante para o País". Ele ponderou que essa mudança não ocorrerá neste ano, dada uma ampla agenda de reformas e a complexidade do sistema tributário no Brasil.
"Para a gente aprovar a reforma tributária tem antes que aprovar a da Previdência e continuar com uma agenda micro. A reforma tributária tem que ser feita de uma forma um pouco mais cuidadosa porque envolve três esferas de governo, município, Estado e governo federal", disse.