Rio de Janeiro

Ex-procurador de Justiça é denunciado por beneficiar Sérgio Cabral

Foram denunciados quatro envolvidos em esquema comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral, dentre eles o ex-procurador-geral de Justiça Cláudio Lopes

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Publicado em 10/10/2018 às 4:06
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
Foram denunciados quatro envolvidos em esquema comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral, dentre eles o ex-procurador-geral de Justiça Cláudio Lopes - FOTO: Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
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O procurador-geral de Justiça em exercício, Ricardo Ribeiro Martins, denunciou, nessa terça-feira (9), quatro envolvidos em esquema comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral, dentre eles o  ex-procurador-geral de Justiça Cláudio Lopes. Além de Cabral e Lopes, foram denunciados Wilson Carlos, então secretário de Governo, e Sérgio de Castro Oliveira , conhecido como Serjão.

Os quatro foram denunciados por formação de quadrilha,  corrupção passiva e ativa e quebra de sigilo funcional, crimes cometidos entre o final de 2008 e dezembro de 2012. O processo encontra-se sob sigilo.

Cláudio Lopes é acusado de recebimento de mesada do grupo do ex-governador Sérgio Cabral, enquanto ocupava o cargo entre 2009 e 2012. As acusações foram feitas em delação de Carlos Miranda, um dos principais operadores do esquema de propinas de Cabral. 

O ex-procurador negou todas as acusações. Cláudio Lopes contestou também a acusação de que teria beneficiado com arquivamentos de processos de comportamento ilegal do ex-governador Sérgio Cabral na contratação do escritório da ex-primeira-dama, a advogada Adriana Ancelmo, e no uso do avião particular do empresário Eike Batista em uma viagem à Bahia.  

Crimes

A organização criminosa chefiada por Cabral foi responsável pela prática de diversos crimes na execução de obras custeadas com recursos federais captados pelo governo do Rio de Janeiro.

A denúncia foi oferecida pelo procurador-geral de Justiça em exercício, Ricardo Ribeiro Martins, que assumiu o comando do Ministério Público do Rio no dia 4 de outubro, quando Eduardo Gussem se desincompatibilizou da função, em observância às regras da eleição para a procuradoria-geral de Justiça no biênio 2019/2021.

No âmbito da Corregedoria-Geral do Ministério Público do Rio de Janeiro, está em andamento procedimento disciplinar sob sigilo.

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