Olinda

Melhoria dos serviços públicos é desafio para Lupércio

Novo prefeito de Olinda precisa otimizar coleta de lixo, limpeza de canais e canaletas e infraestrutura urbana

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 01/01/2017 às 7:00 | Atualizado em 07/03/2020 às 1:40
Ricardo Labastier
Novo prefeito de Olinda precisa otimizar coleta de lixo, limpeza de canais e canaletas e infraestrutura urbana - FOTO: Ricardo Labastier
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Não faltam títulos a Olinda. Patrimônio Cultura da Humanidade, 1ª Capital Brasileira da Cultura, Monumento Nacional e Cidade Ecológica são alguns deles. No entanto, o município que será administrado por Lupércio do Nascimento (SD) a partir deste domingo é muito mais complexa. Possui ruas sem asfalto que alegam ao menor “pé d´ água”, avenidas mal conservadas, bairros com coleta de lixo e iluminação deficientes e uma população insatisfeita com a gestão municipal.

Entre os desafios de Lupércio, está o de atender às necessidades de Alana Raiane, 21 anos, e Iraíldo Gonçalves, 23 anos, moradores do bairro de Jardim Fragoso, às margens das obras do canal que corta a localidade. “Quando chove, alaga e a água entra em casa”, diz a jovem. O vizinho engrossa a reclamação. “A iluminação também é ruim e sempre tem assalto à noite”, completa.

As idades de Alana e Iraíldo somadas não dão o que a passadeira Givanilda da Silva, 54 anos, tem de vida, mas os pedidos por uma limpeza de canais, canaletas e galerias une gerações e moradores de bairros distintos. “Com a chuva de maio passado, alagou tudo e perdi os móveis. Quero comprar um armário novo, mas pode chover e alagar tudo em casa de novo”, conta.

Os bairros mudam, mas os problemas não e o discurso se repete: não tem quem aguente tanto mato crescendo nas ruas, lixo nas vias e asfaltos cheios de buraco. Em uma das áreas do município, um conjunto de prédios abandonados e o seu entorno desprezado pelo poder público dão uma aparência de cidade devastada pela guerra. 

Lupércio garante que a secretaria de Serviços Urbanos será uma das mais acionadas. “Vamos cair em campo para garantir a retirada do lixo e a desobstrução dos canais”, assegura. O titular da pasta, Evandro Avelar, pede diz que primeiro é preciso resolver pendências financeiras. “A informação que a gente tem é que há uma dificuldade de prover os serviços regulares de limpeza de canais e coleta de lixo. Há faturas em abertos dos fornecedores que prestam esses serviços. Vamos analisar  os contratos e ver o que podemos otimizar. Já nos primeiros dias,  levaremos respostas a essa questão”, explica.

ALTO DA SÉ

A periferia não é a única área que sofre. Na Cidade Alta, para onde  pernambucanos e turistas convergem no Carnaval, as vias são asfaltadas e o visual é convidativo para fotos. Mas também há reclamações por lá e elas vêm dos mais representativos personagens do lugar. “Precisamos de barracas melhores, padronizadas. Somos patrimônio, mas estamos esquecidas”, diz Miriam do Nascimento, 51 anos, em nome das tapioqueiras do Alto da Sé.

 

 

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