Nacionalização

Debate entre deputados eleitos ganha tom de 2º turno Bolsonaro x Haddad

André Ferreira (PSC), em defesa Jair Bolsonaro (PSL) e Marília Arraes (PT), de Fernando Haddad (PT), trouxeram a questão nacional para o debate no Estado

Editoria de Política
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Publicado em 10/10/2018 às 16:13
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André Ferreira (PSC), em defesa Jair Bolsonaro (PSL) e Marília Arraes (PT), de Fernando Haddad (PT), trouxeram a questão nacional para o debate no Estado - FOTO: Foto: Reprodução
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Durante o debate da Super Manhã da Rádio Jornal nesta quinta-feira (10), os deputados federais eleitos André Ferreira (PSC) e Marília Arraes (PT) protagonizaram um confronto que enveredou para o âmbito nacional, em torno da eleição para a Presidência da República, que colocou os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad no 2º turno. 

Marília Arraes (PT), eleita com a segunda maior votação no Estado, afirmou que irá focar todos os seus esforços em eleger o ex-prefeito de São Paulo ao Planalto. Segundo ela, Haddad representa um "projeto de país" que já é conhecido. "Por exemplo, enquanto Haddad se compromete a taxar somente o Imposto de Renda de quem ganha a partir de cinco salários mínimos, o que Bolsonaro quer é taxar 20% de quem ganha um salario minimo até quem ganha independentemente do valor. É só um exemplo, Bolsonaro quer governar para os ricos", afirmou. 

André Ferreira (PSC) questionou a capacidade administrativa de Haddad. "Quando a minha amiga Marília fala que Haddad é tudo isso e tão bom, Haddad é tão bom que em São Paulo não conseguiu se reeleger prefeito de São paulo, foi o terceiro colocado em uma cidade que é a mais importante do Brasil", disparou. 

Bolsonaro

O deputado ressaltou que o seu partido, o PSC, declarou nessa terça-feira (9) apoio a candidatura de Bolsonaro. André é presidente da sigla em Pernambuco.

Ele disse considerar um exagero as críticas em relação a Bolsonaro. "Eu acho que quando Lula estava no segundo turno, todo mundo achava que quando Lula ganhasse o Brasil ia se acabar, o exército iria assumir, iria tirar Lula e não foi desse jeito. A mesma coisa é Bolsonaro. Bolsonaro é o voto da esperança", afirmou. 

"É o voto do ódio. O que Bolsonaro propõe para a economia?", rebateu Marília. "E o que o PT faz? Haddad não é bom para o Brasil", disse André. 

A petista declarou que o que está em questão no âmbito nacional é o anti-fascismo. "Ou é democracia ou é fascismo. É um candidato que fala exclusivamente de valores morais, que incita o ódio, não tem absolutamente nenhuma proposta para o Brasil", disse. 

Sobre a questão da cobrança do Imposto de Renda, André questionou o fato do PT por não ter tomado providências em relação a cobrança. "Eu não sei porque o PT passou 12 anos e não fez isso, taxar diferente o imposto de renda? Você está reclamando que um governador do Estado (Paulo Câmara) que passou quatro anos e não fez nada e o PT passou 12 anos no governo e não conseguiu fazer isso", disparou. Marília relembrou que houve modificação das faixas no governo petista. 

"Mas o que a gente quer, independente de que vença Haddad ou Bolsonaro é que o país cresça e as pessoas vão saber escolher isso", finalizou André.   

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