Nascido em Gravatá, no Agreste do Estado, o artista plástico Marcelo Silveira, 49 anos, mora há duas décadas no Bairro do Recife, onde primeiramente criou o próprio ateliê. "No momento em que a minha vida profissional passou a se misturar com a pessoal, percebi que já tinha um novo domicílio”, conta Marcelo, que dá vida à matéria desta semana da série Lá onde eu moro.
É numa casa de quase 400 metros quadrados que ele trabalha, cria e reúne amigos. “Ter contato com um universo imenso de pessoas, no bairro, é o que mais me encanta. Gosto de caminhar pelas ruas, contemplar a arquitetura das casas e conversar com os vizinhos.” E ele garante que se sente seguro pelas redondezas. “Acho que não podemos é caminhar dando bobeira, como em qualquer outro lugar do Recife. Aliás, percebo que o local passou a ser bem iluminado à noite.”
É na Rua do Apolo, antiga Visconde de Itaparica, que fica a residência do artista. É lá onde se localiza também o teatro de mesmo nome, o mais antigo da cidade. Construído entre 1835 e 1840, o casarão foi morada do Gabinete Português de Leitura, instalado em 1850 e transferido posteriormente para a Rua do Imperador.
“Sempre que tem algum evento no teatro, a rua se anima. Isso é muito legal”, diz o artista plástico, que gosta de vivenciar o que oferece a região, composta por um polo tecnológico superconsolidado, escritórios e poucas residências. “Só fica aqui quem realmente é entusiasta do lugar”, diz Marcelo.
* Para conhecer mais sobre o Bairro do Recife, leia a matéria deste domingo da revista Arrecifes.