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Telemedicina reforça atendimento pediátrico em Sergipe

Parceria entre Cisco e UFS garante monitores, câmeras e sistemas de última geração para ligar unidades de saúde do interior à universidade

Bruna Cabral
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Bruna Cabral
Publicado em 26/02/2014 às 8:00
Foto: Adilson Andrade/Divulgação
Parceria entre Cisco e UFS garante monitores, câmeras e sistemas de última geração para ligar unidades de saúde do interior à universidade - FOTO: Foto: Adilson Andrade/Divulgação
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Aonde os médicos brasileiros não chegam e nem os cubanos são suficientes para suprir a carência da população, é lá que a tecnologia pode e deve estar. Pelo menos, é nisso no que estão apostando a multinacional Cisco e a Universidade Federal de Sergipe (UFS), que estrearam a segunda fase do Programa Avançado de Colaboração e Educação em Saúde na semana passada.

A parceria garantiu equipamentos de telemedicina e telepresença de última geração que passam a interligar equipes da universidade, assim como as Clínicas de Saúde da Família dos municípios de Lagarto e Tobias Barreto (a 7 e a 127 km da capital sergipana, respectivamente), após alguns meses de treinamento das equipes.

Nos três pontos, foi disponibilizada uma infraestrutura composta por uma sala de conferência, equipada com dois monitores com câmera, capazes de captar e transmitir imagens simultaneamente, além de uma espécie de totem móvel, com monitor e câmera, que pode ser transportado pelos médicos para perto dos pacientes.

Através de ferramentas da Cisco, como a Show and Share, WebEx e Jabber, será possível criar e gerenciar comunidades de vídeo altamente seguras para discutir casos mais difíceis, gerar estatísticas e garantir melhor atendimento a quem mora no interior. Isso evita o deslocamento até a capital. Todo esse aparato, avisam os parceiros, será usado prioritariamente pelas equipes de pediatria.

"A tecnologia tem o poder de mudar vidas e também o de salvá-las”, disse o presidente da Cisco para o Brasil, Rodrigo Rodrigo Dienstmann, durante o lançamento do projeto. Ele contou que foi procurado pelo deputado federal Rogério Carvalho (PT/SE), há algum tempo, para uma possível articulação com a multinacional. Decidiu, então, juntar a carência da região com a vontade de estrear no Brasil o projeto Connected Healthy Children (Crianças Saudáveis Conectadas, em português), que usa a telemedicina para prestar serviços médicos.

O projeto, segundo Dienstmann, já foi replicado em várias partes do mundo, como China, Jordânia, Estados Unidos. "É o nosso principal projeto de responsabilidade social hoje", afirma o executivo, que não descarta a possibilidade de ampliar a ação para outros municípios. "Sabemos que a falta de médicos é um problema sério em praticamente toda a região Norte e no Nordeste também."

O executivo explica que a Cisco forneceu hardware e software, treinou profissionais para lidar com as máquinas e continuará a dar suporte por mais um ano. Depois, o projeto terá que ser mantido com recursos do Estado de Sergipe e/ou dos municípios envolvidos.

Por ora, avaliou o reitor da UFS, Angelo Antoniolli, o sistema de telemedicina viabilizará uma equação para lá de positiva: "Mais gente será atendida, com menor custo e maior eficiência". Daqui para frente, alertou o reitor: "Urge pensarmos nisso como uma política pública para nosso País continental".

Leia a matéria na íntegra no cader no de Tecnologia de hoje.

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