Justiça determina sigilo na investigação do acidente que matou Teori

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Publicado em 23/01/2017 às 16:33
Foto: @aeroagora/Twitter
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Com Estadão Conteúdo

A investigação do acidente aéreo que matou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, na última quinta-feira (19), deverá ser sob sigilo. Foi o que determinou nesta segunda-feira (23) o juiz Raffaelle Felice, da 1ª Vara Federal de Angra dos Reis (RJ). O caso é apurado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF), além do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

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Funcionários da empresa AGS continuaram a fazer o resgate dos destroços do avião nesta segunda-feira. O trabalho, iniciado na noite de domingo (22), foi feito com o auxílio de uma balsa, com um guindaste acoplado, a cerca de dois quilômetros de Paraty.

Os destroços serão levados para a Base Aérea do Galeão, na capital fluminense, onde ficarão à disposição dos investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

O avião saiu de São Paulo e iria a Paraty, mas caiu no mar pouco antes de chegar à pista do aeroporto. Além de Teori, morreram o piloto, Osmar Rodrigues; o empresário Carlos Alberto Filgueiras; a massoterapeuta Maíra Panas e a mãe dela, a professora Maria Panas.

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Após a morte de Teori, se especula agora quem assumirá a relatoria da Lava Jato. O regimento interno do STF afirma que o sucessor do ministro deve ficar com os processos, mas também abre brecha para a presidente da Corte, Cármen Lúcia, indicar a distribuição do caso para os nomes que já estão no Supremo. Após polêmica, o presidente Michel Temer (PMDB), responsável pela nomeação do ministro que vai substituir Teori, afirmou que só vai fazer a indicação após a distribuição da Lava Jato.

Gravador de voz foi danificado

O gravador de voz (Cockpit Voice Recorder, CVR) recolhido nos destroços do avião foi danificado pelo contato com a água, informou o Cenipa.

A água atingiu, segundo os militares encarregados das investigações, a "base" do equipamento, onde estão cabos e circuitos que fazem a ligação para armazenamento das informações A outra parte do gravador, que armazena os dados gravados, é, segundo o Cenipa, "altamente protegida". O aparelho registra conversas na cabine da aeronave e pode ajudar os investigadores a entender o que aconteceu momentos antes da queda.

O aparelho, que chegou no sábado (21) a Brasília para ser analisado no Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Gravadores de Voo (Labdata), precisará ser submetido a secagem, verificação da integridade das gravações, degravação dos dados e sua transcrição. "O tempo de duração de todo o processo depende das condições do equipamento", afirmou o Cenipa, em nota.

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