
Pré-candidata a governadora de Pernambuco pelo PT, a vereadora do Recife Marília Arraes marcou para esta terça-feira (19) uma coletiva de imprensa para anunciar o que chamou de "informações importantes sobre a pré-campanha, que neste momento entra numa nova fase". Após a resolução da executiva nacional que coloca como prioridade as alianças com PSB e PCdoB, o que poderia inviabilizar o nome dela na disputa, não houve, segundo petistas locais, novidades da articulação em Brasília.
Segundo o ex-prefeito do Recife João da Costa, secretário geral do partido no Estado, o foco hoje é no julgamento da presidente nacional da sigla, a senadora Gleisi Hoffmann (PR). Acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por supostamente ter recebido R$ 1 milhão para sua campanha em 2010, ela deve ser julgada pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (19). No próximo dia 26, os ministros podem analisar o recurso do ex-presidente Lula (PT), preso há dois meses.
LEIA TAMBÉM
» Marília Arraes anuncia coordenador de programa de governo
» Se Marília for preterida ou atropelada, segue na oposição, prevê Armando
» Candidatura de Marília não une o PT, diz José de Oliveira
» Gleisi orientou retirar candidaturas e deixar apenas Marília, diz deputada
» PT lança resolução em que prioriza aliança com PSB e pode limar Marília
» Unidade da esquerda não pode vir por chantagem, diz Marília, contra PSB
Durante o fim de semana, Marília Arraes anunciou o coordenador do grupo irá desenvolver o programa de governo. É o advogado Cláudio Ferreira, que foi secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura do Recife na gestão do ex-prefeito João da Costa (PT) e, nas eleições de 2012, coordenou a campanha de Maurício Rands para as prévias do PT.
O PT lançou há pouco mais de uma semana uma resolução colocando como prioridade a formação de uma aliança nacional com o PSB e o PCdoB, o que implicaria na retirada da candidatura de Marília para apoiar a campanha à reeleição de Paulo Câmara (PSB). Se o apoio for confirmado, o senador Humberto Costa, um dos principais defensores da aliança, pode disputar a reeleição na chapa socialista.