
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira (24).
A exoneração, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, foi publicada no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (24).
O ministro Sergio Moro fará pronunciamento às 11h no auditório do Ministério da Justiça.
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Nesta quinta-feira (23), Sergio Moro disse ao presidente Jair Bolsonaro que pediria demissão do cargo se houvesse a saída de Valeixo do comando da Polícia Federal, segundo a "Folha de S.Paulo". Oficialmente, a assessoria do ministro da Justiça disse que "não confirma" que Moro tenha chegado a pedir demissão.
Não foi nomeado um substituto para o comando da Polícia Federal.
Bolsonaro avalia nomear um diretor-geral com mais proximidade a ele. Valeixo era próximo ao ministro Sergio Moro, haja vista que foi superintendente da PF no Paraná durante a operação Lava Jato, quando Moro era o juiz federal responsável pelos processos da operação na primeira instância.
Bolsonaro x Moro
Ao escolher Moro para o cargo, em 2018, Bolsonaro havia prometido "carta-branca", de maneira a que o trabalho do ministro não sofresse interferências. Entretanto, desde então, Bolsonaro e Moro acumulam atritos.
Em agosto de 2019, Bolsonaro já havia feito uma tentativa de trocar o comando da PF, depois de a corporação resistir a uma substituição na superintendência do Rio de Janeiro. A troca chegou a ser anunciada pelo presidente, mas não foi efetivada.
Na ocasião, Bolsonaro disse que "ele (Valeixo) é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí. Eu é que indico, está na lei, o diretor-geral."
Foto: Reprodução/Diário Oficial da União
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