PP está 'insatisfeito' com espaços na prefeitura do Recife e deve se reunir nesta semana

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José Matheus Santos

Publicado em 04/01/2021 às 13:25
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O PP de Pernambuco está insatisfeito com os espaços destinados ao partido na gestão de João Campos na Prefeitura do Recife, segundo informações de bastidores apuradas pela reportagem do blog.

Na distribuição de secretarias para os aliados do governo João Campos, coube ao PP ficar com a Secretaria de Habitação do Recife. A indicada foi Maria Eduarda Médicis Campos.

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O presidente do partido no estado é o deputado federal Eduardo da Fonte. No Recife, presidente municipal é o filho do deputado, Lula da Fonte.

O partido desejava o comando da Secretaria de Saneamento do Recife desde outubro do ano passado, quando Oscar Barretto (PT) entregou o cargo em meio à disputa pela Prefeitura. Os petistas tinham Marília Arraes como candidata.

Na ocasião, o PP assumiu a pasta do Saneamento. Desde então, o PP almejava manter o espaço. Como estava em meio ao processo eleitoral, o partido preferiu esperar a reforma completa do secretariado na gestão a ser eleita para se segurar no comando da área de Saneamento. A avaliação no partido é de que houve "perda de espaço".

Entretanto, a área de Saneamento ficou com o partido Republicanos, comandado em Pernambuco pelo deputado estadual Silvio Costa Filho, novo aliado do PSB em Pernambuco.

A insatisfação do PP se dá porque a sigla tem a segunda maior bancada da Câmara de Vereadores do Recife, com 4 parlamentares, atrás apenas do PSB, e acredita "não ter sido contemplada como deveria". Além disso, o PP é aliado dos pessebistas há mais tempo que o Republicanos, que acabou com "um espaço melhor no Recife", conforme avaliação nas hostes do PP.

Outro ponto que desagrada ao PP é guarda-chuva de cargos comissionados da Secretaria de Habitação, que teria apenas dez postos para acomodar aliados no segundo escalão.

Reunião

A Executiva do PP no Recife pode se reunir ainda nesta semana para debater o assunto.

Entre as deliberações cogitadas estão solicitar ao prefeito João Campos e ao PSB mais espaços em cargos na Prefeitura do Recife - considerada mais provável, inicialmente - ou entregar os cargos na gestão municipal e os vereadores da sigla na Câmara migrarem para a oposição.

Os quatro vereadores do PP no Recife são Andreza Romero, Chico Kiko, Eriberto Rafael e Michele Collins.

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PSB diz que PP foi contemplado na Mesa da Câmara

Fontes do PSB afirmam, sob reserva, que a insatisfação do PP é "sem razão", pois o partido teria sido já contemplado na Mesa Diretora da Câmara de Vereadores do Recife.

O vereador Eriberto Rafael (PP) foi eleito para a primeira-secretaria, responsável pela gestão do Orçamento da Casa, entre outras atribuições.

O PSB diz que tinha a candidatura de Aderaldo Pinto para o cargo, mas desistiu "em aceno e gesto ao PP".

Para a presidência, foi eleito o vereador Romerinho Jatobá (PSB), com o aval do comando do PSB no Recife e do prefeito João Campos.

Secretaria de Habitação

Maria Eduarda Médicis Campos foi escolhida como secretária de Habitação do Recife. A indicação partiu do PP.

Formada em arquitetura e urbanismo pela UFPE e em administração pela UPE, a nova secretária também tem especialização em direito urbanístico e ambiental pela PUC Minas. É gestora de articulação regional da Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão.

Além disso, é sócia fundadora de um escritório de projetos de arquitetura, paisagismo e urbanismo, atuou como gerente técnica da Secretaria das Cidades e gerente de acompanhamento de obras e infraestrutura da Secretaria Extraordinária da Copa 2014 do governo de Pernambuco, além de ter sido assessora técnica da prefeitura do Cabo de Santo Agostinho.

Maria Eduarda Médicis Campos Foto: Divulgação

Eduardo da Fonte quer Renda Brasil a partir deste mês

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) solicitou ao presidente Jair Bolsonaro que o governo federal "concentre esforços" para implementar o programa social Renda Brasil ainda em janeiro.

O parlamentar considera que o programa social é necessário para amenizar os efeitos sociais e econômicos com o fim do auxílio emergencial.

“Precisamos garantir a continuidade da renda de milhões de famílias que perderam o sustento em razão da pandemia. Quase 40% da população do Nordeste e do Norte receberam o auxílio emergencial. Essas famílias não podem ficar desassistidas nesse momento tão difícil”, afirma Eduardo da Fonte.

O deputado alega ainda que o benefício "ajuda a evitar que as pessoas deixem suas casas e fiquem expostas à covid-19". Eduardo da Fonte é autor do Projeto de Lei 3023/20, que pode servir como base para a criação do Renda Brasil, programa social permanente de distribuição de renda.

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