Guerra das seringas. Em nota, prefeitos afirmam que não podem usar estoque regular para vacinação

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jamildo

Publicado em 06/01/2021 às 14:49
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Os prefeitos do Brasil disseram nesta quarta que o estoque de seringas e agulhas que os municípios têm é para atender a procedimentos diversos, entre eles o Plano Nacional de Imunizações.

A declaração do presidente Jair Bolsonaro demonstrando contar com esses materiais adquiridos pelas cidades para dar início à vacinação contra a COVID-19 traz, segundo eles, a preocupação de uma possível falta de insumos para o atendimento de outras necessidades de saúde.

Leia na íntegra a nota divulgada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) sobre o assunto


Diante da manifestação do presidente da República, Jair Bolsonaro, em uma rede social, de que “estados e municípios têm estoques de seringas para o início das vacinações, já que a quantidade de vacinas num primeiro momento não é grande”, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) se manifesta.


Os municípios, de fato, dispõem de estoque rotineiro de insumos, com seringas e agulhas, que servem para procedimentos diversos, inclusive para atender ao Plano Nacional de Imunizações.

No entanto, um plano de vacinação tão urgente e abrangente, como o necessário contra a COVID-19, demanda planejamento, organização e uma complexa logística de aquisição e distribuição de insumos.

Para utilizar o estoque regular, é fundamental que se estabeleça a forma de reposição para que a população não sofra com uma possível falta de materiais para outras necessidades de saúde.

O que o Brasil precisa, e que a FNP vem demandando desde o início da pandemia, é de uma coordenação nacional, com a participação de estados e municípios para enfrentar à COVID-19, de forma compartilhada e complementar, como é a premissa do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ações descoordenadas, imprecisas e pouco alicerçadas em informações confiáveis só tumultuam ainda mais o crítico cenário que o Brasil atravessa.

Frente Nacional de Prefeitos, em Brasília, 06 de janeiro de 2021.

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