João Campos manifesta ao Butantan interesse por 1 milhão de doses da CoronaVac para o Recife, caso o Ministério da Saúde não viabilize vacina

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José Matheus Santos

Publicado em 08/01/2021 às 12:11
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O prefeito do Recife, João Campos (PSB), disse, nesta sexta-feira (8), que enviou um ofício manifestando ao Instituto Butantan a intenção de comprar 1 milhão de doses da CoronaVac para aplicação na cidade caso o Ministério da Saúde não garanta o imunizante.

"Fizemos a assinatura de um memorando de intenção com o Instituto Butantan para garantir o envio de um milhão de doses de vacina, caso o Ministério da Saúde não garanta as vacinas para a nossa cidade", disse João Campos.

Além disso, João Campos enviou ao Ministério da Saúde uma proposta para que haja a antecipação da vacinação dos profissionais de educação da fase 4 para a fase 1 para viabilizar o retorno às aulas presenciais.

Na rede municipal do Recife, as aulas presenciais estão suspensas em razão da pandemia do coronavírus por determinação do Governo de Pernambuco.

"(Também fizemos) Envio de ofício ao Ministério da Saúde propondo a antecipação da vacinação dos profissionais da educação da fase quatro para a fase um no Plano Nacional de Vacinação, com o objetivo de assegurar a retomada das aulas de forma segura o quanto antes", afirmou João Campos.

Nesta quinta-feira (7), o Governo de São Paulo divulgou que a CoronaVac tem 78% de eficácia para casos leves e  100% na prevenção de casos moderados e graves da doença.

Pedido de uso emergencial

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou, nesta sexta-feira (8), que recebeu o pedido de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental da vacina CoronaVac.

Segundo a agência, o pedido foi enviado pelo Instituto Butantan, que conduz os estudos no Brasil da vacina desenvolvida pela empresa Sinovac.

Como se trata de uso emergencial, apenas públicos definidos e a rede pública de saúde poderão ser beneficiados pelo imunizante, após a aprovação.

A Anvisa diz que já iniciou a triagem dos documentos presentes na solicitação e da proposta de uso emergencial que o laboratório pretende fazer.

“As primeiras 24h serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e checar se todos os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode pausar o prazo e solicitar as informações adicionais ao laboratório”, afirma a agência.

“Para fazer sua avaliação, a Anvisa vai utilizar as informações apresentadas junto com o pedido e também as informações já analisadas pela Anvisa por meio da Submissão Contínua. A análise do pedido de uso emergencial é feita por uma equipe multidisciplinar, envolve especialista das áreas de registro, monitoramento e inspeção. A equipe vem atuando de forma integrada, com as ações otimizadas e acompanhadas pela Comissão que envolve 3 Diretorias da Agência”, diz a Anvisa.

A meta da Anvisa é fazer a análise do uso emergencial em até 10 dias, descontando eventual tempo que o processo possa ficar pendente de informações, a serem apresentadas pelo laboratório, informou a agência.

 

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