Cancelamento do Carnaval impacta diretamente o aumento de desempregados no país e deve gerar prejuízo de 8 bilhões na economia

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jamildo

Publicado em 13/02/2021 às 10:32
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O vice-presidente jurídico da CNTUR (Confederação Nacional do Turismo), Carlos Augusto Pinto Dias e o presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), Roberto Nedelciu, foram os entrevistados na ‘Live JR’, nas plataformas digitais da Record.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), havia acabado de oficializar em coletiva de imprensa o cancelamento do feriado mais importante para os brasileiros. A ‘Live JR’ repercutiu como o cancelamento do feriado de Carnaval em diversas cidades brasileiras afeta diretamente o turismo nacional.

O Carnaval gera anualmente uma grande movimentação na economia principalmente com os investimentos aportados por diversas marcas patrocinadoras dos eventos que duram em média 4 dias. O possível adiamento do feriado para o mês de julho significa um prejuízo de quase 8 bilhões de reais. O impacto maior se dará no setor de serviços seja ele formal ou informal.

"A nossa estimativa é que cerca de 30% das empresas que atuam neste setor encerrarem as suas atividades, ou seja, cerca de 250 mil empresas que fecharão as portas em definitivo. Isso é mais de um milhão de empregos diretos que deixarão de existir, mais de um milhão de pessoas a mais desempregadas por conta da pandemia, fora o impacto para os autônomos, terceirizados, ambulantes etc.", afirma Dias, vice-presidente jurídico da CNTUR.

O setor de bares e restaurantes já sofreu muitos prejuízos no ano de 2020 por conta da pandemia, mesmo respeitando todas as regras de segurança impostas pelo Governo de São Paulo. Segundo Dias, o índice de contágio nesses locais foi muito baixo, pois os estabelecimentos respeitaram as determinações impostas pelo Governo Dória.

"Acaba de ser divulgado um estudo em Nova Iorque mostrando que o setor de restaurantes e similares responde por apenas 1,48% do índice de contaminações pela covid-19, ou seja, tudo isso mostra que quando é feito com responsabilidade, com segurança como o setor fez desde o início, o segmento de restaurantes e similares pode funcionar perfeitamente bem", afirmou.

Ao serem questionados sobre como seria uma ajuda ideal por parte do Governo Federal, ambos defenderam a enorme relevância do turismo para o setor da economia. "Espero que o Governo Federal reconheça que hoje o turismo representa 8.1% do PIB brasileiro e nós temos um potencial de crescimento muito grande. Então qualquer investimento que se faça no turismo, a resposta é muito rápida". concluiu Nedelciu.

 

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