Avaliação negativa do governo Bolsonaro vai a 35,5%, aponta pesquisa CNT/MDA

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José Matheus Santos

Publicado em 22/02/2021 às 11:47
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A avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro (sem partido) - ruim ou péssimo - é de 35,5%, segundo pesquisa feita pelo Instituto MDA divulgada nesta segunda-feira (22). Esse índice era de 27,2% em outubro de 2020.

Já a avaliação positiva - ótimo ou bom - é de 32,9%. Houve queda nesse índice, que era de 41,2% em outubro do ano passado, segundo levantamento pelo MDA e contratado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

Para 30,2%, o governo Bolsonaro é regular, número semelhante ao registrado na pesquisa anterior: 30,3%.

Foram realizadas 2.002 entrevistas presenciais, em 137 municípios de 25 unidades da federação, de acordo com a CNT.

A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

A avaliação positiva considera os índices de "ótimo" e "bom". Já a avaliação negativa, as somas de "ruim" e "péssimo".

Quanto ao desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro, o levantamento aponta 51,4% de desaprovação e 43,5% de aprovação. 

Em outubro de 2020, esse aspecto da pesquisa registrava 52,0% de aprovação e 43,2% de desaprovação.

Governo do presidente Jair Bolsonaro:

Avaliação negativa (ruim + péssimo): 35,5%

Avaliação positiva (ótimo + bom): 32,9%

Avaliação regular: 30,2%

Não souberam opinar ou não responderam: 1,4%

Desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro:

Desaprovação: 51,4%

Aprovação: 43,5%

Não souberam opinar ou não responderam: 5,1%

Expectativa para os próximos 6 meses

Emprego: vai melhorar: 28,1%; vai piorar: 40,0%; vai ficar igual: 30,3%

Renda mensal: vai melhorar: 22,7%; vai piorar: 24,0%; vai ficar igual: 51,0%

Saúde: vai melhorar: 30,8%; vai piorar: 38,3%; vai ficar igual: 29,5%

Educação: vai melhorar: 25,7%; vai piorar: 33,8%; vai ficar igual: 39,2%

Segurança pública: vai melhorar: 22,6%; vai piorar: 30,6%; vai ficar igual: 45,3%

Presidente Jair Bolsonaro

Na avaliação dos brasileiros, as principais qualidades do presidente Jair Bolsonaro são: sincero (29,3%), honesto (11,3%), inteligente (8,4%), sempre busca o bem para o país (5,0%), justo (4,2%), trabalhador (3,7%), cuida dos pobres (1,3%). Para 33,3%, não tem nenhuma qualidade.

Já os principais defeitos são: mal-educado (20,1%), despreparado (17,6%), autoritário (16,6%), exagera na briga com a imprensa (16,0%), agressivo (10,9%), está preocupado apenas com a reeleição (3,2%), desonesto (3,1%). Para 9,6%, não tem nenhum defeito.

Pandemia da covid-19

Atuação dos governos federal e estaduais

  • 54,3% dos entrevistados aprovam a atuação do governo federal no combate à pandemia da Covid-19 (coronavírus), enquanto 42,0% desaprovam.
  • 59,6% dos entrevistados aprovam a atuação do governo estadual no combate à pandemia da Covid-19 (coronavírus), enquanto 36,2% desaprovam.
  • 36,5% avaliam a atuação do Ministério da Saúde no combate à pandemia da Covid-19 como regular; 30,9%, boa; 11,6%, ruim; 11,3%, péssima; e 6,8%, ótima.
  • 34,2% avaliam a atuação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no combate à pandemia da Covid-19 como regular; 23,2%, boa; 14,5%, péssima; 12,5% ruim; e 4,9%, ótima.
  • Sobre o grau de responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro em relação ao número de mortes em decorrência da Covid-19, 49,7% afirmam que ele não tem culpa nenhuma; 36,4% consideram que ele é um dos culpados, mas não o principal; e, para 11,5%, ele é o principal culpado.
  • Para 37,5% dos entrevistados, quem está fazendo mais pelo Brasil no combate à pandemia da Covid-19 são as instituições de pesquisa (Butantan/Fiocruz), governadores (16,8%), presidente Jair Bolsonaro (16,6%) Ministério da Saúde (13,5%), prefeitos (4,9%) e outro (0,8%).
  • Sobre a atuação do governo federal em relação ao auxílio para a população mais necessitada durante a pandemia da Covid-19, 41,0 avaliam como boa; 25,5%, ótima; 19,7% regular; 6,9% péssima; e 6,4% ruim.
  • No que se refere à atuação do governo federal em relação ao auxílio para os empresários durante a pandemia da covid-19, 28,3% dos brasileiros consideram boa; 21,2% regular; 14,1% péssima; 12,6% ruim; e 8,5% ótima.
  • Já 29,8% dos entrevistados afirmam que a atuação do governo federal em relação ao esforço para compra/produção e distribuição das vacinas durante a pandemia da Covid-19 é boa; 28,1%, regular; 16,5%, péssima; 14,7% ruim; e 7,8%, ótima.
  • 31,5% avaliam a atuação do governo federal em relação ao esforço para redução do contágio e disseminação da Covid-19 como regular; 26,5%, boa; 17,0%, ruim; 17,0%, péssima; e 6,0%, ótima.
  • Em relação à liberação de recursos para governos estaduais atuarem no controle da Covid-19, 31,4% dos brasileiros consideram a atuação do governo federal regular; 31,0%, boa; 12,5%, ruim; 8,8% péssima; e 8,3%, ótima.

Vacinação

  • 62,8% dos entrevistados afirmam que serão vacinados, quando chegar a sua vez, qualquer que seja o fabricante da vacina; 16,7% declaram que não se vacinarão; 9,5% declaram que se vacinarão somente se for a Coronavac/Butantan; 3,8% declaram que se vacinarão somente se for a Astrazeneca/Oxford/Fiocruz; e 3,2% afirmam que já foram vacinados.
  • Para 32,2%, dos entrevistados, a vacina estará disponível para ser aplicada de agosto a dezembro. Para 14,2%, de maio a julho; 5,4% acreditam que estará disponível em março; 5,4%, em abril; e 1,8%, em fevereiro. Para 25,5%, somente de 2022 em diante.
  • 29,2% concordam com a permissão da Anvisa para uso emergencial de vacinas contra a Covid-19 sem que tenham sido realizados testes no Brasil; e 25,6% discordam.
  • Para 24,5% dos brasileiros, o principal responsável pela chegada de vacinas contra Covid-19 no Brasil é o presidente Jair Bolsonaro; já 21,6% acreditam que o principal responsável é o governador de São Paulo, João Doria. 21,5% consideram que nenhum dos dois tem responsabilidade e 21,2% acreditam que ambos têm responsabilidade.
  • 59,6% discordam da possibilidade de empresas privadas comprarem vacinas para aplicar em quem esteja disposto a pagar por ela, pois todos devem seguir a fila de prioridades; 38,3% concordam, pois pode reduzir as filas nos sistemas públicos de saúde. 
  • Já 65,1% concordam com a possibilidade de empresas privadas comprarem vacinas para imunização de funcionários contra a Covid-19, pois pode reduzir as filas nos sistemas públicos de saúde; 33,1% discordam, pois todos devem seguir a fila de prioridades.
  • Na avaliação de 33,6% dos entrevistados, a distribuição e aplicação de vacinas contra Covid-19 em seu município é regular

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