Paixão de Cristo do Recife também clama por ajuda emergencial. Jaboatão ganha versão digital

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jamildo

Publicado em 31/03/2021 às 14:00
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A paixão do Recife, como acontece com a paixão de Nova Jerusalém, no Agreste, também pede socorro, em meio à pandemia. A produtora Lilian Pimentel gravou um vídeo para o blog contando as adversidades e pedindo ajuda aos poderes constituídos.

Sem receber apoio dos Governos, Paixão de Cristo de Nova Jerusalém poderá encerrar atividades

Jaboatão

Devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, a encenação da Paixão dos Guararapes precisou ser readaptada. O tradicional evento, que por cinco anos foi encenado na Praça das Bandeiras, foi suspenso em 2020, mas retorna neste ano em outro formato.

Com o apoio da Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, o espetáculo foi inteiramente gravado nos principais pontos turísticos do município e a apresentação irá ao ar no Domingo de Páscoa, 4 de abril, às 20 horas, com transmissão pela TV Nova e nas redes sociais da prefeitura e da produção da peça.

As gravações, sob direção de Geraldo Dias, foram realizadas ao longo dos meses de janeiro, fevereiro e março, atendendo a todas às recomendações de distanciamento social.

A história da ressurreição de Cristo, normalmente contada por cerca de 120 atores profissionais, precisou enxugar o elenco neste ano e gravar com apenas 45 artistas, em sua maior parte, do grupo teatral Apaixonados por Teatro.

Gravado em diferentes locações, um dos maiores diferenciais do novo modelo do espetáculo foi exaltar os pontos turísticos do município.

“Nós filmamos nas ruínas da Igreja do Rosário dos Homens Pretos, na praia, na Lagoa Azul e em outras belezas naturais e históricas do Jaboatão. A logística disso é muito maior do que a que estávamos acostumados, mas também é uma forma de valorizar o turismo local e o que temos aqui”, comentou Geraldo Dias.

André Trajano, secretário-executivo de Turismo e Cultura do Jaboatão, defendeu a importância de apoiar iniciativas artísticas que buscam se reinventar em meio à crise sanitária que afetou o mundo.

“A arte oxigena as ideias e nos ajuda a passar por tempos de crise. Num momento como esse, é importante prestar apoio aos nossos artistas e também levar à população uma mensagem de amor e esperança para que sigamos firmes nessa luta”, assinalou.

O ator Roberto Vasconcelos, que desde 2019 interpreta o sumo sacerdote judaico Caifás na montagem, vê no novo formato uma forma de atingir um público maior e manter os artistas ativos, sem deixar esfriar a tradição que o espetáculo vinha se tornando no município.

“Silenciar uma manifestação artística em um momento como esse é impensável. A tecnologia nos abre um leque de opções e, muitas vezes, nos permite levar uma mensagem para um volume muito maior de pessoas. Precisamos usar a limitação em nosso favor”, disse.



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