Abrasel em Pernambuco solicita apoio do Governo do Estado para viabilizar a sobrevivência dos bares e restaurantes

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jamildo

Publicado em 05/04/2021 às 14:45
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A Abrasel em Pernambuco (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Pernambuco) está solicitando apoio  do Governo do Estado para viabilizar a sobrevivência dos bares e restaurantes.

Em outros estados nordestinos, a exemplo do Ceará e do Piauí, os governos já aprovaram leis de proteção e auxílio à sobrevivência dos empregos nos bares e restaurantes.

No Piauí, por exemplo, foi autorizada a concessão de auxílio emergencial no valor de mil reais aos donos e funcionários de estabelecimentos do setor. O que a associação diz desejar é que em Pernambuco algum plano nesse sentido também seja colocado em prática.

De acordo com André Luiz Araújo, presidente da Abrasel em Pernambuco, os números estão feios. Mesmo após a liberação para retomada das atividades presenciais depois da quarentena mais rígida, a reabertura não tem sido animadora. Há avanços importantes no que diz respeito à postura do Governo em ouvir com mais atenção o setor e proporcionar alívios relacionados a impostos, parcelamentos e adiamentos, mas ainda não é o suficiente. Negócios estão fechando, empregos estão sendo perdidos.

Segundo prognósticos da Abrasel, no início do ano passado, Pernambuco contava com mais de 17 mil bares e restaurantes, número que chegava a 25 mil quando se levava em consideração também padarias, cafés, lojas de conveniência e similares. Até dezembro de 2020, 25% desses estabelecimentos fecharam as portas. De janeiro de 2021 até março, mais 10% encerraram as atividades. O que, somado, representa um percentual de 35%, um número expressivo, que envolve negócios, mas também a vida de muitas famílias.

E os problemas persistem mesmo com a recente retomada. Por exemplo, com o encerramento das atividades do salão definida para as 20h, alguns bares e restaurantes que só iniciavam o funcionamento no final da tarde, nem reabriram as portas, porque os custos não compensam.

De acordo com a Abrasel, pesquisas de operadoras de cartão de crédito apontam que o comportamento do consumidor que vai para o bar ou restaurante no final da tarde, de segunda a sexta-feira, é específico. 80% desse público fecha as contas entre 20h e 22h. “Saber disso é extremamente importante porque mostra que 80% do faturamento está ancorado nesse horário. Assim que os indicadores de contaminação e ocupação de leitos caírem, queremos pleitear a flexibilização do funcionamento para 22h, 23h e assim por diante”, diz André Luiz Araújo.

Já sobre o delivery, o presidente da Abrasel em Pernambuco é taxativo: é um recurso que ajuda, mas não promove a sustentação do setor.

“Quando fechamos o salão e ficamos só com o delivery, o número de entregas aumenta, mas não o suficiente para cobrir todas as despesas, que são altas e constantes. Empreender no Brasil não é fácil, mas o setor está na luta, tentando se reerguer. É o que sempre digo: por trás de um CNPJ há muitos CPFs. Muitas vidas têm sido ceifadas e muitos empregos estão sendo perdidos com a pandemia. Precisamos de mais ajuda”.

Os protocolos de segurança continuam e a Abrasel faz um apelo para que o público também auxilie no respeito às regras. “Contamos com a colaboração da população no cumprimento dos protocolos sanitários. São medidas que não cabem apenas ao estabelecimento, mas também aos consumidores, como a utilização de máscara, o respeito pelo distanciamento e lavagem constantemente das mãos. Juntos – setor, governo e população –, com todos colaborando, vamos conseguir alcançar as metas mais rapidamente. Precisamos que os indicadores da saúde recuem, pelo bem de todos”.


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