Alexandre de Moraes vota pela manutenção de decisão que anulou condenações de Lula, na Lava Jato

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jamildo

Publicado em 15/04/2021 às 17:45
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O terceiro ministro a votar, Alexandre de Moraes, argumentou que a vara de Curitiba acabou virando "juízo universal", com os procuradores colocando o nome da Petrobras para criar conexão com a Lava Jato e assim manter os processos de Lula sob a órbita do ex-juiz Sérgio Moro.

O ministro Edson Fachin foi o primeiro a votar e defendeu a manutenção de sua decisão, na segunda turma, pela anulação das condenações de Lula, o que também deixa o ex-presidente elegível para as eleições de 2022. Ainda faltam os dez ministros votarem, caso haja tempo na sessão desta quinta-feira.

O segundo ministro do STF a votar foi o ministro Kassio Nunes, que defendeu a manutenção das condenações, contrariando o relator Fachin. Ao divergir de Fachin, ele disse que 13ª Vara tem competência para julgar Lula.

O julgamento ocorre um dia depois que a maioria dos ministros decidiu, nesta quarta, que o julgamento do caso não ficaria afeto à segunda turma do STF, depois da apresentação de um recurso da PGR.

O plenário do STF analisou hoje a decisão do ministro Edson Fachin que anulou as condenações de Lula. Caso a anulação seja mantida, o ex-presidente poderá disputar as eleições de 2022.

Entenda o caso

Em 8/3, o ministro Fachin considerou que os fatos imputados ao ex-presidente Lula nas ações penais relativas aos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula (sede e doações) não têm relação com a Petrobras e não poderiam ter sido julgados pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). Por este motivo, anulou essas ações penais e determinou que os autos dos processos fossem remetidos à Justiça Federal do Distrito Federal.

Contra essa decisão, foram apresentados três agravos. Em um deles, a PGR pede que o Plenário do STF mantenha a competência da 13 ª Vara Federal de Curitiba ou, se não for o caso, que mantenha válidos todos os atos processuais e decisórios anulados pelo ministro Fachin.

No outro agravo, a defesa de Lula pede que seja mantida a tramitação dos habeas corpus e das reclamações contra decisões da 13ª Vara de Curitiba, especialmente o HC 164493, que trata da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, já que Fachin havia decidido que a anulação desses processos afastaria a discussão sobre a suspeição. No terceiro agravo, a defesa do ex-presidente questionava o deslocamento do julgamento da Segunda Turma para o Plenário do STF, pedido que foi negado na sessão de hoje.

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