Operação da Polícia Federal prende suspeito de liderar organização criminosa em suposto saque irregular milionário de precatório

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José Matheus Santos

Publicado em 11/05/2021 às 7:56
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A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação 4 Milhões e cumpriu, nesta terça-feira (11), um mandado de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas bancárias e sequestro de imóvel.

As medidas foram expedidas pela 4ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco. A prisão aconteceu em Moreno, no Grande Recife, e as apreensões foram feitas em Camaragibe, na mesma região do estado. Participaram das ações aproximadamente 30 policiais federais.

As investigações foram feita pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz) e se iniciaram em outubro, quando a Caixa Econômica Federal teria descoberto um golpe feito por um advogado, que apresentado uma Procuração Pública lavrada no Cartório de Moreno com base em um documento de identidade falsificado, de acordo com a Polícia Federal.

Ainda segundo a PF, o advogado conseguiu levantar o precatório no valor de 4 milhões de reais, na Agência da Caixa, localizada no Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, no Bairro do Recife, área central da capital pernambucana. A PF ainda informou, em seguida, que "a verdadeira beneficiária do processo apresentou-se à Agência da Caixa para receber o referido precatório".

Precatórios são dívidas do poder público (municípios, estados, União, autarquias e fundações) que surgem a partir de condenações na Justiça, contra as quais não cabe mais recurso. A PF não detalhou que tipo de precatório foi sacado ilegalmente

A investigação identificou o suposto líder da organização criminosa, que foi preso nesta terça, e outros suspeitos.

Cerca de 22 mil reais em espécie foram apreendidos na operação pela PF.

Os integrantes da suposta organização criminosa são investigados por suspeitas de estelionato qualificado, associação criminosa, lavagem de dinheiro e constituir/integrar organização criminosa.

O nome da operação faz referência à quantia sacada de forma fraudulenta no valor de 4 milhões de reais.

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