Danilo Cabral quer mobilização para barrar venda da Eletrobras

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jamildo

Publicado em 18/05/2021 às 13:56
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Em ato em defesa da Eletrobras, realizado hoje (18), o deputado federal Danilo Cabral, líder do PSB na Câmara, afirmou que a mobilização social poderá barrar a votação da MP 1.031/2021, que cria as condições para a privatização da estatal.

“A venda da Eletrobras é um crime contra o patrimônio, aos direitos e à cidadania dos brasileiros. Nós vamos lutar para impedir que esse crime seja praticado pelo Congresso Nacional”, declarou o parlamentar, presidente da Frente em Defesa da Chesf.

Danilo Cabral ressaltou as consequências da privatização da Eletrobras, especialmente para o Nordeste.

“A Chesf, uma das subsidiárias da empresa que faz parte do pacote de venda defendido pelo governo federal, é um indutor do desenvolvimento econômico e social da Região. Um dos maiores ativos do Nordeste, o Rio São Francisco, que tem uso múltiplo - para a geração de energia, produção agrícola e consumo humano - deixará de ser controlado pela União e passará ao controle de um agente privado. Isso é absurdo!”, destacou.

O deputado lembrou que, no semiárido nordestino vivem 26 milhões de brasileiros, dos quais 12 milhões receberão água do São Francisco para consumo humano através da Transposição.

A MP 1.031/2021 está prevista na pauta de votação da Câmara dos Deputados hoje, apesar das críticas da oposição em relação à falta de discussão da proposta na Casa e junto à sociedade civil. Não houve, por exemplo, audiências públicas sobre a proposta.

O modelo de privatização da Eletrobras, detentora de 0% da energia gerada no país, prevê a emissão de novas ações a serem vendidas no mercado sem a participação da empresa, resultando na perda do controle acionário de voto mantido atualmente pela União. Com a privatização, será concedido prazo de exploração de 30 anos para as usinas do grupo.

O ato contou com a participação de representantes das nove frentes parlamentares ligadas ao setor elétrico, parlamentares, sindicalistas e sociedade civil. Durante todo evento, hackers tentaram derrubar a transmissão, além de interferirem nos discursos dos participantes.

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