CPI ouve secretária do Ministério da Saúde sobre defesa da cloroquina nesta quinta
A CPI da Pandemia ouve nesta quinta-feira (20), às 9h, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro.
A convocação da médica, defensora do uso da cloroquina como “tratamento precoce” contra a covid-19, foi sugerida por quatro requerimentos apresentados à comissão.
Para o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), Mayra Pinheiro precisa “esclarecer por que, por inúmeras vezes, defendeu utilização da cloroquina”.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) avalia que a secretária pode prestar informações sobre temas como isolamento social, vacinação e omissão de dados.
O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), quer investigar a eventual participação de Mayra Pinheiro no colapso do sistema de saúde em Manaus.
“Presenciamos a falta de oxigênio, especialmente no Amazonas. Há falta de medicamentos básicos, como sedativos para a intubação dos pacientes, enquanto sobram medicamentos sem nenhuma comprovação científica. Mayra Pinheiro tem, reiteradamente, sido apontada como defensora de um tratamento precoce com medicações sem qualquer comprovação efetiva contra o coronavírus”, argumenta.
Em outro requerimento de convocação, os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Rogério Carvalho (PT-SE) afirmam que o caos em Manaus foi provocado por “ação inadequada e ilegal do governo federal na pandemia”.
“Mayra Pinheiro é titular de secretaria nacional no Ministério da Saúde. Portanto, autoridade responsável pela tomada das decisões que desencadearam os fatos descritos. Nessa condição, tem relação direta com os fatos e precisa responder por essas decisões”, afirmam.
A secretária havia pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus preventivo, para ter o direito de ficar em silêncio ao depor na comissão.
O habeas corpus, porém, foi negado pelo STF na terça-feira (18). A decisão foi do ministro Ricardo Lewandowski.
Com agência Brasil