Ao vivo: Mayra Pinheiro, conhecida como 'Capitã Cloroquina', depõe na CPI da Covid-19

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José Matheus Santos

Publicado em 25/05/2021 às 9:45
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O depoimento de Mayra Pinheiro, conhecida como "capitã cloroquina", ocorre nesta terça-feira (25) na CPI da Covid-19 no Senado Federal.

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde esteve em Manaus, no Amazonas, no início de janeiro, pouco antes do colapso que matou dezenas de pacientes sem oxigênio.

Os senadores querem saber de Mayra o que ela foi fazer lá e quais ações tomou ou deixou de tomar num dos momentos mais trágicos da pandemia no Brasil. De acordo com os requerimentos, questões relativas a isolamento social, vacinação, postura do governo, estratégia de comunicação e omissão de dados também devem ser abordadas pelos senadores.

No governo Bolsonaro, Mayra é uma espécie de embaixadora do chamado "tratamento precoce", que consiste no uso de remédios comprovadamente ineficazes contra a covid-19, em especial a cloroquina. O depoimento dela é considerado peça-chave para elucidar como o governo propagou e distribuiu esses medicamentos à população, incluindo aldeias indígenas.

Quando esteve na CPI, na semana passada, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello atribuiu a ela a criação do TrateCOV, aplicativo do ministério que recomendava o "tratamento precoce" de forma indiscriminada, mesmo a pacientes sem diagnóstico confirmado de coronavírus.

Investigada pela atuação em Manaus, Mayra foi autorizada pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a não responder às perguntas sobre fatos ocorridos entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, período que coincide com a crise de falta de oxigênio nas UTIs de Manaus. Isso porque ela - assim como o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde - responde a ação de improbidade administrativa apresentada pelo Ministério Público Federal no Amazonas. O processo apura as ações e omissões dos governos federal e estadual no colapso do sistema de saúde na capital daquele estado no período entre o final de 2020 e o início deste ano.

O depoimento de Mayra Pinheiro estava inicialmente marcado para quinta-feira (20), mas teve que ser adiado por causa da oitiva de Eduardo Pazuello, que se estendeu por dois dias.  

Depois de ouvir a secretária, a comissão parlamentar de inquérito se reunirá para votação de requerimentos na quarta-feira (26), quando deve definir quem vai testemunhar na quinta (27).

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