Geraldo Júlio finaliza arrendamento de terreno em Suape por R$ 23 milhões para instalar termelétrica

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jamildo

Publicado em 29/05/2021 às 10:30
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Um processo licitatório da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco foi concluído. Foi finalizado o processo de arrendamento de um terreno para instalação de usina termelétrica na zona industrial de Suape.

O resultado da licitação foi divulgado em 27 de maio pela comissão de licitação de Suape.

A empresa vencedora terá que pagar R$ 23.700.000,00 (vinte e três milhões e setecentos mil reais).

A empresa poderá parcelar o pagamento em até 300 prestações mensais.

A nova termelétrica irá atender entidades da administração pública estadual na área de Suape.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Júlio (PSB), argumentou em janeiro que o barateamento dos preços do gás em Pernambuco reduzirá os custos de produção, tornando as empresas locais mais competitivas.

Agora, o governo do Estado vai preparar um memorando de entendimento entre o grupo norte-americano e o Porto de Suape.

O anúncio do novo investimento privado foi feito em janeiro, conforme publicado pelo JC.

LEIA O PUBLICADO NO JC EM 13 DE JANEIRO DE 2021:

O grupo norte-americano New Fortress Energy vai investir R$ 3 bilhões numa Usina Termelétrica de Energia (ETE) à base de gás natural liquefeito (GNL) que vai se instalar na área do Complexo Industrial de Suape, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (13) pelo governo do Estado. O projeto inclui também um terminal de regaseificação de GNL, além da implantação de cerca de 8 quilômetros de dutovias entre o terminal de gás e a térmica. O empreendimento deve gerar cerca de dois mil empregos na sua construção numa estimativa feita pela administração estadual.

A termelétrica terá a capacidade total instalada para gerar 1,3 gigawatts (GW) de energia, o que corresponde a 30% a mais que a hidrelétrica de Sobradinho. Em média, 30% do investimento deverão sair do empreendedor e 70% a serem bancados por bancos de fomento. A previsão é que a usina entre em operação em novembro deste ano, ocupando uma área de 16,5 hectares dentro do Complexo de Suape. A licença prévia do empreendimento foi emitida pela Agência de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH).

O empreendimento anunciado resulta de dois movimentos. Primeiro, o grupo norte-americano New Fortress Energy comprou a empresa catarinense CH4 Energia que planejava instalar uma térmica em Suape antes de 2018. É esse projeto que já tinha a licença prévia e um protocolo de intenção com o governo do Estado com a área que iria receber o empreendimento definida. A empresa estrangeira também "comprou" dois projetos que eram da Petrobras e que previam a instalação de duas térmicas: uma em Pecém, no Ceará, e outra em Salvador, na Bahia. Esses dois projetos são importantes porque ambos ganharam leilões - realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) - para vender energia. São os compromissos firmados nesses leilões que vão garantir a compra da energia a ser produzida pela futura térmica, remunerando o investimento a ser realizado.

Em dezembro do ano passado, os diretores da New Fortress Energy estiveram com o governador Paulo Câmara (PSB) falaram sobre as aquisições realizadas e assinaram um protocolo de intenções para viabilização do empreendimento. No entanto, como a empresa tem que obedecer as regras dos Estados Unidos para anunciar as aquisições realizadas não foi possível divulgar os detalhes.

Fundado em 2014, o grupo norte-amerciano tem um valor de mercado estimado em U$ 7,38 bilhões e atua em países como Jamaica, Porto Rico, México e Nicarágua nos ramos de transporte de Gás Natural Liquefeito (GNL), infraestrutura, terminais de regaseificação, usinas de energia e outras soluções em pequena escala. Também desenvolve atualmente um terminal de GNL na Irlanda voltado ao abastecimento de clientes industriais.

Os leilões de energia vencidos pelos projetos que eram da Petrobras tinha a previsão de que o fornecimento de energia elétrica ocorreria no primeiro semestre de 2021. A térmica que vai se instalar em Suape será abastecida por navio regaseificador de GNL, com capacidade de injetar 21 milhões de metros cúbicos por dia e deve ficar atracado no Cais de Múltiplos Usos.

A previsão do governo do Estado é de que a usina consuma 2,5 milhões de metros cúbicos ao dia, potencial que pode ser duplicado futuramente, de acordo com o governo do Estado. O excedente de GNL poderá atender à rede da Companhia de Gás de Pernambuco (Copergás), empresa detentora dos direitos de distribuição de gás no Estado. “Com a instalação da termelétrica em Suape, o Governo de Pernambuco também viabiliza um grande terminal de regaseificação para o Estado, oferecendo gás com preços muito mais competitivos às indústrias locais”, enfatizou o governador Paulo Câmara (PSB) via assessoria. “E com a nova lei do gás, que já se encontra na Alepe, um contingente muito maior de empresas poderia migrar para o mercado livre e se beneficiar do novo terminal, gerando um impulso de expansões e novos empreendimentos no Estado”, acrescentou. Mercado livre é aquele no qual o grande consumidor pode escolher a empresa que vai fornecer o gás. A disponibilidade limitada de gás no Estado sempre foi uma barreira para o uso maior desse combustível no setor produtivo. Geralmente, o gás sai mais barato do que a energia elétrica.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio, argumentou que o barateamento dos preços do gás em Pernambuco reduzirá os custos de produção, tornando as empresas locais mais competitivas. Agora, o governo do Estado vai preparar um memorando de entendimento entre o grupo norte-americano e o Porto de Suape. E a Aneel também terá que aprovar a transferência dos projetos das térmicas (que seriam em Pecém e Salvador) para Suape.

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