Ao vivo: médica que ministro da Saúde desistiu de nomear para secretaria de enfrentamento à covid-19 depõe na CPI

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José Matheus Santos

Publicado em 02/06/2021 às 9:47
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A médica infectologista Luana Araújo presta depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (02). Anunciada em maio como chefe da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, ela pediu para deixar o cargo apenas dez dias depois, antes da efetivação da nomeação.

A expectativa é que ela explique aos senadores o motivo do recuo em tão pouco tempo. Sua indicação para o cargo foi anunciada no dia 12 de maio pelo atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e Luana comunicou sua decisão de deixar a função no dia 22.

Luana é defensora da vacinação em massa e já declarou ser favorável a medidas restritivas e contra o “kit covid”. A médica já afirmou que “todos os estudos sérios” demonstram a ineficácia da cloroquina, e que o uso da ivermectina para combater a covid-19 é “fruto da arrogância brasileira” e “mal funciona para piolho”.

O uso desses remédios foi defendido diversas vezes pelo presidente Jair Bolsonaro, pessoas do governo e aliados políticos desde o início da pandemia. Logo após o anúncio da saída de Luana, Queiroga negou pressão do Planalto, mas não informou o motivo da demissão.

Os senadores anteciparam o depoimento de Luana Araújo para coletar informações sobre a gestão de Marcelo Queiroga, que será ouvido pela segunda vez na semana que vem. A expectativa na CPI é comprovar que houve ingerência política no ministério.

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